HVReview – Redcat Rockslide RS10 XT

Publicado: 06/08/2014 em Automodelismo, Elétrico, Review, Todo o blog
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Redcat Racing

Redcat Racing

Salve, amigos modelistas!

Como prometido em cada post, não deixei de lembrar do blog, especialmente nos últimos tempos. Entretanto, o tempo é curto para pesquisar, escrever, e até testar novos produtos. Mas como eu não deixei de praticar o automodelismo, também não deixei de me atualizar e, desta forma, apresento agora um novo produto: o Redcat Racing Rockslide RS10 TX 1/10 Rock Crawler!

Este é apenas o segundo post de review próprio que faço, mas já assisti tantos pela internet que acho que estou ficando cada vez mais minucioso na avaliação. Então, vamos ao auto!

Redcat Racing Rockslide RS10 XT 1/10 Rock Crawler

Redcat Racing Rockslide RS10 XT 1/10 Rock Crawler

O Rockslide RS10 XT é um modelo com alguns anos no mercado. Passou por pequenas atualizações, sendo a mais significativa a alteração do sistema de rádio, do bom e velho AM 27MHz (nem tão bom, mas muito velho) para o 2.4GHz. Basicamente, estamos olhando para um clássico modelo Rock Crawler, que possui a configuração MOA (Motor On Axle, ou “motor no eixo”), além de um diferencial interessante, e muito usado em modelos de competição: duplo esterço, ou seja, as rodas de trás também esterçam. Some a isso um rádio de 3 canais, com 4 modos de esterço diferentes, e você tem uma gama de opções que não deixa nada a desejar para um Crawler de respeito.

Visão do modelo completo

Visão do modelo completo

Visão do modelo sem a bolha

Visão do modelo sem a bolha

Bom, vamos analisar cada aspecto do modelo. A primeira impressão que se tem simplesmente olhando para o modelo é que ele não tem outro objetivo senão escalar pedras. A bolha pequena, os eixos rígidos, os dois motores escovados, os dois servos… infelizmente nem tudo é o que parece ser.

Bolha em policarbonato, pintada de fábrica

Bolha em policarbonato, pintada de fábrica

Sobre os motores, temos dois RC390, com eixos de 3,2 mm. Apenas o suficiente. O tamanho também não ajuda, pois torna difícil adaptar motores maiores e mais fortes. Já no quesito servos, infelizmente quem compra este modelo tem que guardar mais uns trocados para trocar imediatamente estes componentes. Os servos originais (Futaba S3003, com míseros 4Kg de torque) é obviamente insuficiente, dado o tamanho dos pneus e o estilo de pilotagem. No meu modelo, troquei apenas o da frente por um TowerPro MG996r, com 11Kg de torque… e que diferença!

Servo Futaba S3003

Servo Futaba S3003

Motor RC390

Motor RC390

Já que eu mencionei o tamanho dos pneus, vamos falar desses componentes. Material razoavelmente macio, e com um desempenho à altura: apenas razoável. Felizmente, há um upgrade que pode ser feito rapidamente, e sem custo: eliminar a espuma do interior. Ela é responsável por manter o formato dos pneus, mas impede a deformação quando se encontra algum obstáculo. Feito isso, escalar fica muito mais fácil. E ainda, se você é daqueles que se preocupa com a resistência e o peso das rodas, pode deixar essas preocupações de lado: dois beadlocks de uma liga de zinco em cada roda garantem duas coisas: que o CG do modelo vai ficar bem localizado, e que é fácil trocar os pneus (bem mais fácil do que tentar tirar a cola que vem em modelos sem beadlocks).

Rodas e pneus, com Beadlocks

Rodas e pneus, com Beadlocks

Ainda no que diz respeito ao CG, temos uma disposição de componentes perfeita para a modalidade. Fora os motores e servos localizados nos eixos, a bateria fica bem embaixo no chassi, protegida por uma placa horizontal de alumínio, que possibilita que o chassi raspe em pedras sem risco para a bateria. Esta, uma NiMH de 1800mAh no modelo original, pode ser substituída por uma grande variedade de LiPOs 2S, devido ao bom espaço reservado para ela. Só é necessário lembrar que o ESC original não tem preparação para LiPOs, o que pede um buzzer ou um cutoff para essa alteração.

Detalhe do suporte da bateria

Detalhe do suporte da bateria

Na parte de cima do chassi, que é formado por duas placas de alumínio verticais paralelas, temos o local onde ficam o ESC, o receptor e a chave liga/desliga. Mesmo com a bolha colocada, esta última é facilmente acessada, bem como a bateria, presa no lugar por dois straps com velcro.

O uso de links ajustáveis na suspensão, bem como amortecedores com molas que variam entre o macio e o médio e a configuração de eixos rígidos, dão um excelente ângulo de elevação individual de cada roda (quase 90º). Não fosse a bolha, poderia ter todo esse esterço em campo, mas não se nota, no uso, necessidade para tanto. Alterações para elevar ou baixar o chassi são possíveis, mas se perde muito do ângulo de elevação individual, além do que dificulta o crawling. Se você vai usar o modelo como um trail, essa alteração pode até funcionar, mas já aviso: o entre eixos vai ser alterado também, o que vai dificultar a adaptação da bolha a ser usada.

Angulação dos eixos

Angulação dos eixos

Enfim, o conceito da Redcat Racing para este modelo é o mesmo para todos os da marca: FAF (Fast, Affordable, Fun). Quanto ao primeiro, este modelo não tem nem como atender; a velocidade máxima é imensuravelmente baixa, como todo crawler. Mas definitivamente, o modelo tem um preço muito acessível: no site oficial, ele é comercializado por apenas US$219,99, e os upgrades necessários para que ele fique muito melhor não são assim tão caros (um par de servos, um buzzer e uma bateria LiPO 2S de, pelo menos, 2.200mAh). E na parte da diversão, uma vez que ele é um modelo básico e barato, esta é garantida. O modelo é valente, e o esterço das rodas traseiras é literalmente uma “mão na roda”, permitindo transpor obstáculos desafiadores.

Sistemas de esterço, comandados pelo rádio

Sistemas de esterço, comandados pelo rádio

Pois bem, esse modelo foi testado tanto em suas configurações básicas quanto com algumas pequenas modificações, e particularmente recomendado para modelistas iniciantes na modalidade, ou com poucos recursos para investir no modelismo.

Não deixem de acompanhar o blog, e recomendar aos amigos menos experientes, e podem contar sempre com novidades, aqui no HVRC!

comentários
  1. joao paulo disse:

    Parabéns pelo review. Mas minha maior dúvida é em relação aos motores. Você acha possível se usar motores 540? Pelo que você disse, é difícil adaptá-los. Mas qual o “tamanho” dessa dificuldade? Seria somente em relação às furações de fixação do motor no motor mount? É possível fazer? você já tentou? Obrigado.

    • bushidobr disse:

      Amigo João Paulo, tudo é possível… Mas cada coisa no mundo dos RC’s tem o seu grau de dificuldade.
      Ainda não tentei realizar esta conversão, estou tentando achar pela Internet, em foruns, alguém que já tenha feito essa conversão, mas por enquanto não encontrei ninguém.
      Pelo que eu percebi, seria exatamente esse o problema: a furação. Além disso, estamos falando de motores consideravelmente maiores, o que poderia limitar a ação de algum componente mecânico e prejudicar o esterço, ou mesmo a angulação dos eixos.
      Se por acaso eu descobrir alguém que tenha feito, eu aviso.

  2. joao paulo disse:

    Valeu, amigo. Muito obrigado.

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