Arquivo da categoria ‘Review’

Salve, amigos modelistas! Após um tempo sem postar nada, trago novidades a vocês!

A partir desse post, vou começar a colocar avaliações de marcas de RCs para vocês. Essas avaliações vão levar em conta principalmente pesquisas que fiz ao longo do tempo, a impressão que os donos de modelos dessas marcas passam aos outros modelistas, e em alguns casos, a minha opinião, desde que eu já tenha experimentado algum modelo da marca em questão.

Turnigy

Logotipo da marca

A bola da vez no primeiro post desse tipo é a Turnigy, uma empresa que faz modelos de entrada, com alguns anos de mercado e um representante muito forte: a loja digital Hobby King. a HK é a principal fornecedora de kits, peças, acessórios e modelos RTR em geral, e tem na Turnigy o seu principal nicho de mercado. As compras feitas pela internet facilitam a vida de alguns compradores, desde que se tenha um cartão de crédito internacional, ou que se possa usar o PayPal.

HobbyKing, distribuidor oficial exclusivo da marca

HobbyKing, distribuidor oficial exclusivo da marca

A Turnigy é uma marca bem difundida no mercado de RCs, trabalhando com uma gama interessante de produtos. Ela oferece desde modelos RTR até peças de reposição, passando por kits, upgrades, baterias e ferramentas. O preço é o principal atrativo da marca, chegando a custar, em certos casos, a metade do preço de marcas maiores, como Traxxas, Team LoSi, Ofna e outras. Claro, a qualidade não é a mesma, ou os outros fabricantes teriam preços tão baratos quanto ela, ou ela seria tão cara quanto as outras.

A Turnigy tem o seu carro chefe nos modelos Kit e RTR, estando presente no mercado de On-Road (grip e drift) e Off-Road (Short Course, Buggy, Truggy e Monster). Alguns modelos disponíveis na HK são os Short Course Trucks SCT (2WD e 4WD) e Trooper, nas escalas 1/10 e 1/16, os Mini Rallys 1/16 e os On-Road DT10 1/10 (grip).

SCT 2WD

SCT 2WD

SCT 4WD

SCT 4WD

Trooper

Trooper

Mini Rally Extreme 1/16 Brushless

Mini Rally Extreme 1/16 Brushless

DT10 Belt Driven Touring Car Kit

DT10 Belt Driven Touring Car Kit

Na linha de peças, são famosos os combos TrackStar e os motores brushless, com uma ótima aceitação do público.

Combo Trackstar

Combo Trackstar

Motor Brushless

Motor Brushless

Agora um quesito muito importante: durabilidade. É aqui que a maior fraqueza da marca aparece, pelo menos nos modelos sem upgrades. É quase uma unanimidade entre os modelistas o fato de que, se você comprar um modelo esta marca, você tem que comprar junto os upgrades. Braços de suspensão extras, suportes dos braços da suspensão em alumínio, upper decks em fibra, coroas e pinhões sobressalente… tudo isso é quase que essencial na compra do seu novo brinquedo. Ainda mais se estamos falando em off-road, pois os tombos são inevitáveis… A não ser que você seja um piloto profissional, mas aí você vai optar por marcas competitivas nas provas que for disputar, e se tem uma coisa que os modelos da Turnigy não têm fama, é competitividade em provas de campeonato.

Upgrades e peças de reposição são essenciais nos modelos da marca

Upgrades e peças de reposição são essenciais nos modelos da marca

Resumindo, a marca Turnigy pode ser definida como ótima, se o seu objetivo é comprar um modelo de entrada, com custo baixo e, com os upgrades certos, confiável. Mas uma coisa é certa: Não espere demais dos modelos, pois eles não são modelos de qualidade comparável a outras marcas. Particularmente, estou plenamente satisfeito com o que o meu SCT 2WD 1/10 e o meu recém-adquirido Mini Rally Extreme 1/16 estão me propiciando.

E é isso. Aguardem mais reviews de marcas, e novos posts de tempos em tempos, aqui no High Voltage RC!

 

VOANDO NO CHÃO

 Modelistas

Quem por aí tiver 30 anos ou mais vai lembrar de um filme com um certo rapazinho, que veio a se tornar um dos melhores atores de ação de Hollywood. O tal ator era nada menos do que o Sr. Thomas Cruise Mapother IV, também conhecido pela alcunha de Tom Cruise. Conhecido por filmes como Minority Report, Missão: Impossível, Vanilla Sky e Dias de Trovão, o Sr Mapother IV interpretou, em 1986, o Tenente Peter Mitchell, ou “Maverick”, piloto da Força Aérea americana, que realiza um treinamento na famosa escola de ases Top Gun (também o nome do filme), que existe de fato.

Pois bem. Quem, como eu, tinha pouca idade quando viu o filme pela primeira vez, antes do advento dos jogos eletrônicos, botou a imaginação para funcionar a todo vapor, tentando idealizar as manobras efetuadas no filme por Maverick, Goose, Iceman e seus colegas pilotos, mas tudo de olhos fechados. Quem não daria um apêndice inflamado por uma chance de realizar aquelas manobras?

É… Para quem tem dinheiro de sobra, tempo e alguma paciência para aprender, a chance está aí. Claro, a única coisa que não vai estar no avião é você, mas a emoção pode ser tão grande quanto. É o aeromodelismo, um hobby dos mais famosos em existência.

Não vou comentar sobre a história do aeromodelismo, pois é um tanto confusa. Ninguém sabe exatamente como surgiu, então não vou falar sobre o que não sei. Vou me concentrar na parte prática, que já é bastante interessante.

Basicamente, existem 3 tipos de aeromodelos:

VCC

 – Os U-Control, ou VCC (Vôo Circular Controlado), que consistem em um modelo ligado a cabos e voando em círculos. O “piloto” fica em pé no centro e o modelo voa em volta dele, controlado pelos cabos;

Rádio

 – Os radio-controlados, mais conhecidos do grande público. Um modelo, um piloto e um controle remoto;

Papel

 – Os de vôo livre, que todo mundo já fez ou teve. São aviões lançados, sem controles, que podem ser movidos por motores, elásticos, ou mesmo sem motores. Os aviões de papel são o exemplo mais simples desses modelos.

 

Claro, no conceito de modelismo propriamente dito, o que lembramos primeiro é o radio-controlado. E ainda tem sub-divisões, baseadas no tipo de motor: modelos à combustão, modelos elétricos e planadores. Modelos à combustão podem chegar a escalas superiores a 1:2. Portanto, podem ser mais detalhados, normalmente usam motores 2-tempos e, na maioria, são fabricados em madeira ou fibra. A madeira usada é a balsa, muito leve e fácil de se trabalhar.

 Combustão

Os modelos elétricos são menores, têm vida útil reduzida, são mais silenciosos, não têm o inconveniente do cheiro de óleo 2-tempos, têm uma possibilidade maior de montagem de modelos bimotores, trimotores ou mais, e é mais barato para manter, já que não é necessário comprar combustível (se bem que uma ou duas baterias extras estendem consideravelmente o tempo de vôo, e não são nada baratas).

 Elétrico

Já os planadores são um caso a parte. O vôo em si não depende de motores, mas eles têm de alçar vôo de alguma forma. Podem ser rebocados por outros modelos ou por veículos terrestres, lançados (manual ou mecanicamente), ou mesmo ter um pequeno motor para colocá-los lá em cima, mas que não interferem no vôo em si. Algumas pessoas consideram o chamado vôo à vela radio-controlado mais divertido do que outras modalidades, pois caçar correntes ascendentes de ar quente pode ser um grande desafio. O pouso também é um pouco mais complicado, pois depende unicamente da sustentação da asa, sem possibilidade de arremeter no caso de algum problema.

 Vela

Os valores, como no modelismo em geral, variam bastante. Modelos simples de planadores com 2 canais podem ser adquiridos por menos de R$ 150,00, e modelos complexos, com motores a jato e escalas maiores podem chegar à dezenas de milhares de dólares. Mas o aeromodelismo tem a vantagem de a maioria dos componentes poderem ser confeccionados em casa, como fuselagem, ligações elétricas, etc. Para quem tem algum grau de conhecimento de engenharia e eletrônica, é possível (embora nem um pouco prático) construir 100% do modelo artesanalmente, inclusive servos e motores. Basta ter tempo de sobra e vontade.

Artesanal

 Na próxima matéria, vamos descer ao chão na carona do modelismo terrestre.