Arquivo da categoria ‘Review’

Salve, amigos modelistas!

 

Turnigy Mini Rally Extreme Edition - 1/16 Rally electric car

Turnigy Mini Rally Extreme Edition – 1/16 Rally electric car

Vamos a mais um review feito exclusivamente pelo seu amigo que vos escreve! E esse review vai fundo, pois é um dos modelos que eu possuo e já conheço bem: o Turnigy Mini Rally Extreme 1/16

 

A bolha lembra os Peugeot 206 WRC

A bolha lembra os Peugeot 206 WRC

O modelo é basicamente um on-road escala 1/16, com a suspensão levemente elevada e pneus com padrão misto (tanto para asfalto quanto para terra), por isso sendo considerado um modelo rally. Mas se você acha que ele poderá fazer um bashing nervoso, melhor esquecer. Mesmo com a suspensão mais elevada, a escala não permite enfrentar muito mais do que uma estrada de chão batido, no máximo com uma poeira fina por cima. Cascalho? Esqueça. Pedras? Nem pensar.

 

Suspensão levemente elevada, pode ficar mais alto do que nesta foto

Suspensão levemente elevada, pode ficar mais alto do que nesta foto

Esse modelo brilha mesmo é no asfalto. Com características puramente on-road, o carrinho é um míssil! O ESC original (25A 2s-3s com ré), complementado pelo motor brushless inrunner 2040 de 4800KV na versão Extreme, dando ao pequeno modelo desempenho semelhante ou até superior a modelos de entrada escala 1/10.

 

Motor Brushless Inruner 2040 - 4800KV (na foto, em preto, no carro, azul)

Motor Brushless Inruner 2040 – 4800KV (na foto, em preto, no carro, azul)

O chassi é outro ponto forte desse modelo. Muito leve e feito em fibra de vidro (ao contrário da versão normal, com chassi de plástico), resiste bem e tem lugar para todos os componentes. Simples e funcional. A tração integral é providenciada por dois diferenciais ligados por um eixo cardã, com slipper clutch junto à coroa. Mais sobre isso adiante.

 

Chassi em fibra de vidro, mas parece fibra de carbono. Leve e resistente.

Chassi em fibra de vidro, mas parece fibra de carbono. Leve e resistente.

Suspensão ajustável? Claro, por que não? Apenas Camber e Toe na dianteira e Camber na traseira, com direito a barras estabilizadoras (um luxo para modelos nessa escala, e até para alguns 1/10), mas já permite ajustes para o tipo de pista que você vai enfrentar. Braços em alumínio garantem resistência e um look mais “profissional” ao modelo. Os pneus são macios e têm um padrão agressivo que dá uma cara de “topa-tudo” ao modelo, como em um carro 1/1. Têm um ótimo grip, muito melhor do que a maioria dos modelos RTR. Rodas pintadas em laranja (na versão normal, em verde), com adaptadores hexagonais em plástico (up em alumínio disponível na própria HobbyKing). Os HEX’s são de 8 mm, mas várias pessoas trocam pelos de 12 mm com poucas modificações. Ainda não tentei isso, mas pretendo logo logo. Amortecedores com regulagem (rosca) permitem deixar o modelo mais alto ou mais baixo, e têm corpo em alumínio para aumentar a resistência a choques.

Braços da suspensão em alumínio

Braços da suspensão em alumínio

Amortecedores com regulagem de altura (rosca)

Amortecedores com regulagem de altura (rosca)

Pneus de uso misto: agarram muito!

Pneus de uso misto: agarram muito!

suspensão traseira, com a barra estabilizadora

suspensão traseira, com a barra estabilizadora

Bom, mas como nem tudo são flores, o modelo tem alguns pontos fracos. Já mencionei a respeito da pouca altura do chassi em relação ao solo, que limita a ação off-road do modelo. Outros problemas são os diferenciais e a coroa. Os diffs, seja por falha na concepção ou na montagem, não duram muito tempo. Os dentes das engrenagens costumam dar problemas, o que obriga alguns modelistas a travar os diffs ou repor as peças com certa frequência. A coroa, por sua vez, tem uma falha crônica, não diretamente dela: O local onde ela fica no chassi tem um recorte, para que ela caiba sem encostar em nada. Esse recorte deixa a coroa exposta ao chão, o que pode causar muita dor de cabeça se você anda com o modelo em areia, terra ou cascalho fino. A chance de entrar alguma sujeira entre a coroa e o pinhão é grande, e isso vai, certamente, danificar um ou outro. As coroas em si não são tão caras (em média R$9,00 no Mercado Livre, e R$2,19 na Hobby King, em ambos sem contar o frete), mas ninguém quer passar 30 minutos desmontando tudo e montando novamente para andar 5 minutos e já dar problema. Existe, porém, uma versão dessa coroa em aço, mas custa muito mais (encontrei apenas na Tecnew Hobby, por R$80,00, fora o frete!). Entretanto, é uma solução definitiva, pelo menos para a coroa – o pinhão que se cuide… hehehe.

Spider gears do diff

Spider gears do diff

Engrenagem principal do diferencial

Engrenagem principal do diferencial

Pinhão original 15T

Pinhão original 15T

Ainda, se você, como eu, não é nem de longe fã de parafusos Phillips, prepare-se: a maioria dos parafusos do Mini Rally são desse tipo, com alguns parafusos Allen aqui e ali. Além disso é fácil espanar as roscas onde os parafusos  encontram o plástico: o uso de thread lock é quase obrigatório em uma manutenção pré-uso. Fora os parafusos que ficam no assoalho, recomendo a substituição dos Phillips por Allens onde for possível.

Em suma, medindo os pontos positivos (desempenho, preço x diversão, facilidade de encontrar peças de reposição) e os pontos negativos (coroa, diferenciais, limitação no off-road), o modelo, na minha opinião, é uma boa compra. Pelo menos é uma boa alternativa aos modelos 1/10, mais caros e nem sempre tão fáceis de manter. O bom é que, com pouco investimento, você pode ter um modelo 1/16 que faz drift! A própria Hobby King vende um kit com diferenciais blocados e rodas com pneus de plástico, além de HEX’s de 12mm – o que permite usar pneus de 1/10 sem maiores adaptações.

Kit de conversão para drift, à venda na Hobbyking

Kit de conversão para drift, à venda na Hobbyking

E é isso para esse modelo. Aguardem mais reviews logo logo, aqui no High Voltage RC!

 

P.S.: As fotos são do próprio site da Hobby King, o meu modelo anda meio “judiado” prá fazer fotos… hehehe

Salve, amigos modelistas!

Estou aqui para apresentar a vocês, em um post bem menor do que o normal, uma das minhas fontes de inspiração para iniciar de fato no hobby. Muitos talvez já conheçam o que eu vou mostrar, mas todos que gostam de RC deveriam conhecer. E é por isso que eu apresento a todos o fantástico site RCSparks Studio!

in-4-life_design

O estúdio RCSparks e o canal RC Adventures são administrados por Aaron (djmedic2008), um canadense maluco por RCs já há vários anos, e que prima por uma coisa: diversão! No canal RCAdventures, você vai ver vídeos produzidos 100% por Aaron, mostrando desde modelos stock de vários tipos de modelos, de auto a nauti, passando por máquinas pesadas (patrolas, escavadeiras e caminhões) até modelos construídos por ele e pela equipe “secreta” do RCSparks (assista aos vídeos e você vai saber porquê das aspas). Recomendo especialmente os vídeos no qual ele compartilha suas “aventuras radio-controladas” com sua esposa Jen, mostrando que as nossas companheiras não precisam brigar com a gente quando ficam sabendo o valor de um RC: elas podem se juntar a nós!

Bom, vou deixar vocês para se entreterem com os vídeos desse louco. Visitem o site (RCSparks Studio) e o canal no Youtube (RC Adventures) e divirtam-se babando nas máquinas desse cara!

Redcat Racing

Redcat Racing

Salve, amigos modelistas!

Como prometido em cada post, não deixei de lembrar do blog, especialmente nos últimos tempos. Entretanto, o tempo é curto para pesquisar, escrever, e até testar novos produtos. Mas como eu não deixei de praticar o automodelismo, também não deixei de me atualizar e, desta forma, apresento agora um novo produto: o Redcat Racing Rockslide RS10 TX 1/10 Rock Crawler!

Este é apenas o segundo post de review próprio que faço, mas já assisti tantos pela internet que acho que estou ficando cada vez mais minucioso na avaliação. Então, vamos ao auto!

Redcat Racing Rockslide RS10 XT 1/10 Rock Crawler

Redcat Racing Rockslide RS10 XT 1/10 Rock Crawler

O Rockslide RS10 XT é um modelo com alguns anos no mercado. Passou por pequenas atualizações, sendo a mais significativa a alteração do sistema de rádio, do bom e velho AM 27MHz (nem tão bom, mas muito velho) para o 2.4GHz. Basicamente, estamos olhando para um clássico modelo Rock Crawler, que possui a configuração MOA (Motor On Axle, ou “motor no eixo”), além de um diferencial interessante, e muito usado em modelos de competição: duplo esterço, ou seja, as rodas de trás também esterçam. Some a isso um rádio de 3 canais, com 4 modos de esterço diferentes, e você tem uma gama de opções que não deixa nada a desejar para um Crawler de respeito.

Visão do modelo completo

Visão do modelo completo

Visão do modelo sem a bolha

Visão do modelo sem a bolha

Bom, vamos analisar cada aspecto do modelo. A primeira impressão que se tem simplesmente olhando para o modelo é que ele não tem outro objetivo senão escalar pedras. A bolha pequena, os eixos rígidos, os dois motores escovados, os dois servos… infelizmente nem tudo é o que parece ser.

Bolha em policarbonato, pintada de fábrica

Bolha em policarbonato, pintada de fábrica

Sobre os motores, temos dois RC390, com eixos de 3,2 mm. Apenas o suficiente. O tamanho também não ajuda, pois torna difícil adaptar motores maiores e mais fortes. Já no quesito servos, infelizmente quem compra este modelo tem que guardar mais uns trocados para trocar imediatamente estes componentes. Os servos originais (Futaba S3003, com míseros 4Kg de torque) é obviamente insuficiente, dado o tamanho dos pneus e o estilo de pilotagem. No meu modelo, troquei apenas o da frente por um TowerPro MG996r, com 11Kg de torque… e que diferença!

Servo Futaba S3003

Servo Futaba S3003

Motor RC390

Motor RC390

Já que eu mencionei o tamanho dos pneus, vamos falar desses componentes. Material razoavelmente macio, e com um desempenho à altura: apenas razoável. Felizmente, há um upgrade que pode ser feito rapidamente, e sem custo: eliminar a espuma do interior. Ela é responsável por manter o formato dos pneus, mas impede a deformação quando se encontra algum obstáculo. Feito isso, escalar fica muito mais fácil. E ainda, se você é daqueles que se preocupa com a resistência e o peso das rodas, pode deixar essas preocupações de lado: dois beadlocks de uma liga de zinco em cada roda garantem duas coisas: que o CG do modelo vai ficar bem localizado, e que é fácil trocar os pneus (bem mais fácil do que tentar tirar a cola que vem em modelos sem beadlocks).

Rodas e pneus, com Beadlocks

Rodas e pneus, com Beadlocks

Ainda no que diz respeito ao CG, temos uma disposição de componentes perfeita para a modalidade. Fora os motores e servos localizados nos eixos, a bateria fica bem embaixo no chassi, protegida por uma placa horizontal de alumínio, que possibilita que o chassi raspe em pedras sem risco para a bateria. Esta, uma NiMH de 1800mAh no modelo original, pode ser substituída por uma grande variedade de LiPOs 2S, devido ao bom espaço reservado para ela. Só é necessário lembrar que o ESC original não tem preparação para LiPOs, o que pede um buzzer ou um cutoff para essa alteração.

Detalhe do suporte da bateria

Detalhe do suporte da bateria

Na parte de cima do chassi, que é formado por duas placas de alumínio verticais paralelas, temos o local onde ficam o ESC, o receptor e a chave liga/desliga. Mesmo com a bolha colocada, esta última é facilmente acessada, bem como a bateria, presa no lugar por dois straps com velcro.

O uso de links ajustáveis na suspensão, bem como amortecedores com molas que variam entre o macio e o médio e a configuração de eixos rígidos, dão um excelente ângulo de elevação individual de cada roda (quase 90º). Não fosse a bolha, poderia ter todo esse esterço em campo, mas não se nota, no uso, necessidade para tanto. Alterações para elevar ou baixar o chassi são possíveis, mas se perde muito do ângulo de elevação individual, além do que dificulta o crawling. Se você vai usar o modelo como um trail, essa alteração pode até funcionar, mas já aviso: o entre eixos vai ser alterado também, o que vai dificultar a adaptação da bolha a ser usada.

Angulação dos eixos

Angulação dos eixos

Enfim, o conceito da Redcat Racing para este modelo é o mesmo para todos os da marca: FAF (Fast, Affordable, Fun). Quanto ao primeiro, este modelo não tem nem como atender; a velocidade máxima é imensuravelmente baixa, como todo crawler. Mas definitivamente, o modelo tem um preço muito acessível: no site oficial, ele é comercializado por apenas US$219,99, e os upgrades necessários para que ele fique muito melhor não são assim tão caros (um par de servos, um buzzer e uma bateria LiPO 2S de, pelo menos, 2.200mAh). E na parte da diversão, uma vez que ele é um modelo básico e barato, esta é garantida. O modelo é valente, e o esterço das rodas traseiras é literalmente uma “mão na roda”, permitindo transpor obstáculos desafiadores.

Sistemas de esterço, comandados pelo rádio

Sistemas de esterço, comandados pelo rádio

Pois bem, esse modelo foi testado tanto em suas configurações básicas quanto com algumas pequenas modificações, e particularmente recomendado para modelistas iniciantes na modalidade, ou com poucos recursos para investir no modelismo.

Não deixem de acompanhar o blog, e recomendar aos amigos menos experientes, e podem contar sempre com novidades, aqui no HVRC!

Salve, amigos modelistas! Após um tempo sem postar nada, trago novidades a vocês!

A partir desse post, vou começar a colocar avaliações de marcas de RCs para vocês. Essas avaliações vão levar em conta principalmente pesquisas que fiz ao longo do tempo, a impressão que os donos de modelos dessas marcas passam aos outros modelistas, e em alguns casos, a minha opinião, desde que eu já tenha experimentado algum modelo da marca em questão.

Turnigy

Logotipo da marca

A bola da vez no primeiro post desse tipo é a Turnigy, uma empresa que faz modelos de entrada, com alguns anos de mercado e um representante muito forte: a loja digital Hobby King. a HK é a principal fornecedora de kits, peças, acessórios e modelos RTR em geral, e tem na Turnigy o seu principal nicho de mercado. As compras feitas pela internet facilitam a vida de alguns compradores, desde que se tenha um cartão de crédito internacional, ou que se possa usar o PayPal.

HobbyKing, distribuidor oficial exclusivo da marca

HobbyKing, distribuidor oficial exclusivo da marca

A Turnigy é uma marca bem difundida no mercado de RCs, trabalhando com uma gama interessante de produtos. Ela oferece desde modelos RTR até peças de reposição, passando por kits, upgrades, baterias e ferramentas. O preço é o principal atrativo da marca, chegando a custar, em certos casos, a metade do preço de marcas maiores, como Traxxas, Team LoSi, Ofna e outras. Claro, a qualidade não é a mesma, ou os outros fabricantes teriam preços tão baratos quanto ela, ou ela seria tão cara quanto as outras.

A Turnigy tem o seu carro chefe nos modelos Kit e RTR, estando presente no mercado de On-Road (grip e drift) e Off-Road (Short Course, Buggy, Truggy e Monster). Alguns modelos disponíveis na HK são os Short Course Trucks SCT (2WD e 4WD) e Trooper, nas escalas 1/10 e 1/16, os Mini Rallys 1/16 e os On-Road DT10 1/10 (grip).

SCT 2WD

SCT 2WD

SCT 4WD

SCT 4WD

Trooper

Trooper

Mini Rally Extreme 1/16 Brushless

Mini Rally Extreme 1/16 Brushless

DT10 Belt Driven Touring Car Kit

DT10 Belt Driven Touring Car Kit

Na linha de peças, são famosos os combos TrackStar e os motores brushless, com uma ótima aceitação do público.

Combo Trackstar

Combo Trackstar

Motor Brushless

Motor Brushless

Agora um quesito muito importante: durabilidade. É aqui que a maior fraqueza da marca aparece, pelo menos nos modelos sem upgrades. É quase uma unanimidade entre os modelistas o fato de que, se você comprar um modelo esta marca, você tem que comprar junto os upgrades. Braços de suspensão extras, suportes dos braços da suspensão em alumínio, upper decks em fibra, coroas e pinhões sobressalente… tudo isso é quase que essencial na compra do seu novo brinquedo. Ainda mais se estamos falando em off-road, pois os tombos são inevitáveis… A não ser que você seja um piloto profissional, mas aí você vai optar por marcas competitivas nas provas que for disputar, e se tem uma coisa que os modelos da Turnigy não têm fama, é competitividade em provas de campeonato.

Upgrades e peças de reposição são essenciais nos modelos da marca

Upgrades e peças de reposição são essenciais nos modelos da marca

Resumindo, a marca Turnigy pode ser definida como ótima, se o seu objetivo é comprar um modelo de entrada, com custo baixo e, com os upgrades certos, confiável. Mas uma coisa é certa: Não espere demais dos modelos, pois eles não são modelos de qualidade comparável a outras marcas. Particularmente, estou plenamente satisfeito com o que o meu SCT 2WD 1/10 e o meu recém-adquirido Mini Rally Extreme 1/16 estão me propiciando.

E é isso. Aguardem mais reviews de marcas, e novos posts de tempos em tempos, aqui no High Voltage RC!

 

Salve, amigos modelistas!

Mais uma vez venho apresentar um review feito pelo nosso amigo Jang, dessa vez de um modelo que divide opiniões: Traxxas Telluride 1/10. Como o nosso anfitrião mudou o sistema dos vídeos dele, apresentando os reviews em vários vídeos separados, vou usar como base apenas o “Final Thoughts”, ou seja, as conclusões a que ele chegou com o tempo que gastou no modelo.

Primeiramente, é necessário entender o que é o modelo, e a que ele se propõe. O Traxxas Telluride é um offroad escala 1/10 lançado recentemente, com uma idéia até certo ponto inovadora: uma estrutura offroad, voltada a terrenos extremos. Lembra os modelos trail, mas com suspensão independente. Digo inovadora não pela idéia em sí, mas porque nenhum outro fabricante ousou lançar um trail com esse tipo de suspensão. Afinal, não é novidade para os modelistas mais experientes que a suspensão com eixo rígido é infinitamente superior à independente para essa modalidade.

E o Jang começa o seu vídeo de impressões finais apresentando o conceito do modelo. Ou melhor, ele começa dizendo o que o modelo NÃO é… no caso, um rock crawler. Ele (o modelo) não é anunciado dessa forma, não se comporta dessa forma e, finalmente, não deve ser usado dessa forma. Ele deve ser usado em terrenos acidentados, como um pátio de máquinas de uma construção, ou locais onde modelos de carros de passeio poderiam passar, mas não seriam nada bem-vindos.

Dando seguimento, Jang analisa como o modelo se sai fazendo o que ele deveria fazer. Para o nosso anfitrião, o modelo é (parafraseando um personagem de TV) mais ou menos… em primeiro lugar por conta dos pneus. O composto é um pouco rígido demais, beneficiando a durabilidade em detrimento do grip. Não chegam a ser um fracasso total, mas poderiam ser muito melhores.

Outro motivo que deixa o carro com uma avaliação apenas regular, é o fato de ter diferenciais abertos. A Traxxas pecou ao manter o diff plenamente funcional, mesmo usando um óleo 100.000, uma viscosidade média. Segundo Jang, o ideal seria, pelo menos 200.000 ou 300.000, fazendo com  que o carro segurasse bem nos terrenos acidentados, mas mesmo assim ainda possa ser usado no asfalto, por exemplo.

O terceiro e principal motivo é o motor. O Titan 12T é usado nos modelos 2WD da Traxxas, e esta é a primeira vez que é usado num modelo 4WD, mais pesado e transferindo muito mais potência ao chão. O motor é escovado, e em situações normais (temperatura ambiente amena, sem forçar muito em baixas velocidades e no tipo de terreno proposto) ele anda quente. Numa tentativa de fazer crawling, Jang chegou a queimar o motor do modelo que ele testou, comprovando de uma vez por todas que o modelo  NÃO DEVE SER USADO PARA CRAWLING! hehehe…

Bom, esta avaliação do Jang foi levando em conta a experiência do cara em automodelismo, especialmente elétrico. São problemas que podem ser resolvidos facilmente no caso dos pneus e dos diffs, e não tão facilmente no caso do motor. Até mesmo, ele diz que se você usar o modelo como ele deve ser usado, o motor vai sim aguentar um bom tempo. Mas o ideal seria substituir o motor por um brushless com sensor, o que permitiria, inclusive, algumas voltas de crawling leve, apesar da suspensão. Mas isso nos leva a outro ponto, a questão do valor. Na época do vídeo, o modelo custava US$ 300,00 sem os descontos característicos das lojas online dos EUA. É o modelo mais em conta da Traxxas, até pela simplicidade. E isto o torna um modelo excelente em um quesito muito específico, que explicarei abaixo.

O Jang diz no vídeo que ele é, por dentro, um crianção crescido, por ser ainda bem jovem. E ele ainda lembra bem dos sentimentos que ele tinha na infância. E é por isso que ele diz, com toda propriedade, que o Telluride é um excelente modelo de entrada no hobby, tanto para adultos iniciantes quanto para crianças. O valor é competitivo com modelos toy-grade, e oferece muito mais do que um brinquedo.

E assim, ele encerra dizendo que o modelo é sim uma boa escolha nas situações acima, mas não é indicado a modelistas experientes. Uma nota pessoal, o modelo é muito agradável visualmente, e por ser um Traxxas tem várias opções de configuração e peças de reposição, além de contarmos com a qualidade de uma empresa consolidada no mercado mundial de modelismo.

É isso, amigos. Abaixo seguem os vídeos que o Jang fez do Telluride para vocês tirarem as próprias conclusões. Compartilhem o link do post no Facebook, e não deixem de seguir o novíssimo Twitter do blog no @HVRCblog. Até a próxima!

Salve, modelistas!

Depois de algum tempo sem postar nada novo, estou de volta com um review comentado de mais um modelo icônico: o Traxxas Slash 4×4! Uma legião de fãs pode atestar o que vemos nesse vídeo de duas partes do nosso amigo Jang, do UltimateRC. Na verdade, esse vídeo não é exatamente um review, mas as primeiras impressões do Jang sobre o Slash. O review, propriamente dito, aparece em outros dois vídeos, cada um com uma perspectiva diferente. O primeiro considera o ponto de vista dos corredores de competição, e o segundo analisa o ponto de vista dos bashers, e dá as considerações finais sobre o modelo. Mas vamos ao review.

Traxxas Slash 4WD na caixa

Traxxas Slash 4WD na caixa

Nestes vídeos, o nosso anfitrião sai um pouco do padrão, deixando de apresentar cada componente do modelo. Ele simplesmente refere que é mais fácil entrar no site oficial da Traxxas e conferir lá mesmo tudo o que se esconde por baixo desta bolha de Short Course Truck. A partir disso, ele começa a analisar o ponto de vista do usuário, e o que se pode fazer com o modelo.

Por cima, o modelo é bonito. Uma excelente apresentação. E na época em que foi lançado, a Traxxas não estava fazendo muitos modelos 4×4, e este foi muito bem recebido por isso. Os pneus são licenciados pela BF Goodrich, e têm beadlocks… só que não! Os anéis externos que seriam os beadlocks são apenas para efeito visual, os pneus são, de fato, colados.

Um belo exemplar de Short Course Truck

Um belo exemplar de Short Course Truck

Como já foi dito, a avaliação inicial do nosso anfitrião se baseia em 5 outros vídeos, 3 de bashing e 2 em pista, mostrando o potencial do modelo em cada ambiente. Mas de cara ele já diz que o Slash não foi tão bem. Principalmente por causa das molas progressivas da suspensão, que são usadas mais pelo visual do que por outra coisa. O próprio Jang já mencionou em outros vídeos que ele não gosta dessas molas progressivas, particularmente não posso dar a minha opinião, pois não tenho uma: nunca usei molas progressivas. Mas pelo que ele descreve nos vídeos, eu também não vou gostar. No caso do Slash, essas molas fazem com que o modelo incline para trás nas arrancadas e para frente nas frenagens. E isso ocorre porque as partes mais soltas das molas são muito macias. Entretanto, quando as voltas mais firmes da mola entram em ação, o carro fica firme demais, e acaba pulando muito. Ou seja, visualmente até fica bonito ver o carro “sentando a traseira”, mas quando aparece um obstáculo, mesmo pequeno, ele quica e perde contato com o chão. Claro, as molas podem ser trocadas (e de fato, DEVEM ser trocadas) para uma melhor performance. Mas os testes feitos até o momento da gravação do vídeo foram feitos na forma stock do modelo.

Sobre a tração integral, para o Jang ela funciona muito bem, e o chassi é bem balanceado. E isso ajuda no quesito aderência, pois os pneus, apesar de serem muito bonitos e realistas, têm um composto muito duro e não dá tanta aderência quanto parece. Na pista, ele se saiu bem melhor, mesmo com os pneus sendo ruins. A tração 4WD ajuda muito, e mesmo que você não entre muito bem nas curvas, a tração integral ajuda você a corrigir facilmente qualquer saída de traseira.

O chassi e o layout dos componentes

O chassi e o layout dos componentes

Na opinião do Jang, o carro não fez jus, na época, a todo o estardalhaço em torno dele. Custar quase o dobro da versão 2WD realmente não ajuda nisso. Entretanto, para a época, vir com um sistema de rádio de 2.4GHz foi um dos motivos que fez com que as pessoas pensassem em comprar o modelo 4×4. Além disso, a parte elétrica é toda à prova d’agua, e o motor brushless não requer qualquer manutenção. Na época em que foi lançado, todos esses quesitos eram uma grande vantagem e justificava o valor muito elevado.

Uma das maiores vantagens do Slash: tudo à prova d'água

Uma das maiores vantagens do Slash: tudo à prova d’água

Na verdade não há mais muito o que se falar do modelo. Ele é bem conhecido dos modelistas em geral, e com os tune ups certos, é um excelente veículo. E com isso, finalizamos este review comentado, trazido até vocês pelo UltimateRCnetwork e pelo High Voltage RC Blog. Até o próximo post!

Salve, amigos modelistas!!!! Estou de volta, depois de tanto tempo longe do blog! E comemorando a minha volta, apresento aqui um pequeno review da minha mais nova aquisição: o Turnigy 1/10 Short Course Truck 2WD!

Turnigy SCT 1/10 2WD

Turnigy SCT 1/10 2WD

Eu adquiri o modelo 2WD kit, comprei pelo Forum do RC Elétrico, quase sem uso (2 packs de bateria, e só no asfalto). Ele viria, a princípio, sem motor, ESC e receptor, mas dei um jeito num combo brushless X-Car 120A da HK (próprio para autos 1/8), e um motor Turnigy 3900KV, que seria o mínimo para esse SCT.
O que eu achei do modelo? Honestamente, até agora é um canhão de papel. Enquanto não aparecem problemas, é excelente! O composto dos pneus é macio o bastante prá garantir grip em terrenos que vão de brita a terra com poeira solta. O ajuste da suspensão também é muito bom, ele chega no chão depois de um salto sem picar quase nada, e absorve bem as irregularidades. Além disso, não inclina excessivamente nas curvas, apenas o bastante para dar um ar de realismo.

O modelo, como aparece nas propagandas da HobbyKing

O modelo, como aparece nas propagandas da HobbyKing

Os problemas começam à medida que você vai chegando mais perto do limite do modelo. Em uma batida leve de frente, em uma pista de skate, o servo me deixou na mão. Como é um servo digital, provavelmente algo na parte eletrônica foi danificado. Já ao forçá-lo na terra, quando saltei contra o vento e ele caiu meio torto, não tive tempo de corrigir e acertei um pneu meio enterrado na lateral da pista, e quebrou o suporte dos braços da suspensão. O novo servo, um Futaba 3003, vira bem para um lado, mas vira bem lento para o outro. Acredito que possa ser culpa do salva-servo, que mantive no lugar depois da substituição. Mas ainda vou verificar isso. O que quero realmente é colocar o digital prá funcionar, pois é um servo com 10 Kg de força, próprio para um modelo offroad.

Este é o meu, as únicas coisas que não estão mais aí são essas molas amarelas

Este é o meu, as únicas coisas que não estão mais aí são essas molas amarelas

Por enquanto, a minha avaliação é positiva, desde que você encontre as peças de reposição. Na Hobby King tem muita coisa, mas as opções no Brasil são poucas. Por exemplo, o suporte dos braços da susp. dianteira em alumínio, na HK custam pouco mais de US$6,00. Já no Mercado Livre, só encontrei a R$49,90, mais frete.

Aqui com outro combo montado, no momento tenho um ESC X-Car 120A e um Turnigy Brushless 3900KV

Aqui com outro combo montado, no momento tenho um ESC X-Car 120A e um Turnigy Brushless 3900KV

O veredito, portanto, é o seguinte: desde que venham peças de reposição, você tem um ótimo aproveitamento. Recomendado, especialmente pelo valor pago. Na Hobby King, que vende o modelo e algumas outras variações (como o 4WD ARTR, o 2WD ARTR e o 4WD Kit), o valor deste kit é US$75,99, mas você ainda precisa de um motor, um ESC e um rádio, além do que a bolha vem transparente. Somando tudo, o valor ainda fica abaixo de o de um modelo RTR. Mas não espere um Traxxas Slash, pois não é o que você vai levar, especialmente por esse preço.

Salve, amigos modelistas! Mais um review comentado. E hoje vamos levar o assunto na ponta dos dedos. Literalmente.

Quando pensamos em modelos rádio-controlados, logo nos vêm à mente os modelos de rádios com dois manches, alguns botões, uma antena telescópica gigantesca… Mas as coisas mudaram de uns tempos para cá.

FlySky FS-GT2, 2,4GHz, 2 canais

FlySky FS-GT2, 2,4GHz, 2 canais

O review comentado de hoje é sobre modelismo. Mas não sobre modelos. Vamos falar um pouco sobre rádios. Mais especificamente um modelo muito popular, especialmente entre iniciantes e praticantes que não gastam fortunas em RC’s: o Fly-Sky FS-GT2, um rádio do tipo pistola, de dois canais e sistema de 2.4GHz, com receptor incluído. Opa, eu mencionei antes que este é um modelo conhecido, popular, até famoso, digamos, mas não conheço essa marca. Pois bem, para os desinformados, a Hobby King vende exatamente o mesmo modelo, mas com o nome de Hobby King HK-GT2. A diferença é que o FS vem com um cabo para ligar o rádio ao PC. Mais sobre isso adiante.

A cópia, o HobbyKing HK-GT2

A cópia, o HobbyKing HK-GT2

O modelo vendido na Hobby King custa a bagatela de US$ 15,99 (hoje, R$ 32,45), mais taxa de envio. Ou seja, você tem um modelo de entrada, que usa o sistema 2.4GHz, com dois canais, por pouco mais de 30 reais. Realmente MUITO barato. E este review vale para os dois modelos, sendo exatamente iguais.

Na época em que Jang fez o vídeo, o FS-GT2 custava cerca de US$35,00 (incluído o frete), e isso foi há quase 3 anos atrás. E muitos modelistas preocupados com valores ficaram desconfiados, sabem como é a história da “esmola demais”…

Falando em ergonomia, Jang gostou bastante do modelo. Boa pegada, espaço o bastante para pessoas com mãos maiores, áreas texturizadas (apesar de ser todo em plástico duro), e o equilíbrio está um pouco deslocado para a frente, mas não é tão ruim.

Os ajustes: trim e reverso para os dois canais, e dual rating para o esterço

Os ajustes: trim e reverso para os dois canais, e dual rating para o esterço

O volante é revestido por borracha sintética, macia e agradável ao toque, e também texturizada, imitando o padrão de um pneu. Uma coisa que o jang desaprova é a vibração do volante quando você esterça ele completamente e solta, e isso faz com que ele vibre indo e voltando, até que a inércia faça com que ele pare. Particularmente, não vejo problemas com o meu FS-GT2 nesse sentido, apesar de ele apresentar o mesmo efeito. Digamos que o problema está lá, mas para mim não interfere na pilotagem.

Sobre os ajustes disponíveis, temos trimm e reversão para os dois canais , e dual rate para o esterço (muito bom se você varia o estilo de pilotagem em um on-road entre drift e grip). Além disso, o rádio apresenta dois LED’s, um vermelho para indicar que está ligado e um verde para indicar quando a(s) bateria(pilhas) está(ão) ficando fraca(s). Coloco as duas opções pois a forma original de alimentação usa 8 pilhas AA, mas muitos modelistas costumam adaptar uma LiPo 3S de baixas descarga e amperagem. Este é o futuro do meu próprio GT2. Ainda, entre os dois LED’s fica o botão de binding, acionado por um pequeno palito incluído no pacote.

Na parte de trás, temos 2 entradas, uma delas para um carregador (no caso de se usar pilhas recarregáveis), e outra que funciona para o DSC (Direct Servo Conector), uma função defasada por conta do sistema 2.4GHz. Entretanto, usando-se um adaptador USB, essa entrada serve para conectar o seu GT2 no computador, para jogar simuladores de carros, ou mesmo de RC.

O receptor é muito pequeno (um dos menores que o Jang já viu em um sistema básico de rádio-controle). No pacote, está incluído o plug ou jumper para bindar o seu transmissor ao receptor. O processo é muito fácil, é só conectar o receptor ao ESC (devidamente alimentado por uma bateria, claro), plugar o jumper no canal 3 (ou canal de bind), ligar o ESC, usar o palito plástico incluído para apertar o botão de bind no controle e ligá-lo. Observe o LED no receptor, quando ele parar de piscar, quer dizer que o bind foi bem sucedido. No manual, o tempo informado para isso é 5 segundos, mas no caso do Jang, foi quase que imediato. O que o manual não diz é que você tem que desligar tudo, receptor e transmissor, e ligá-los novamente para o sistema funcionar.

O receptor, um dos menores do mercado. Modelos controláveis a mais de 400 metros

O receptor, um dos menores do mercado. Modelos controláveis a mais de 400 metros

Ao testar o controle, Jang usou um modelo seu, e relatou não sentir diferença entre o GT2 e o rádio que ele usa normalmente com aquele modelo. Há um pouco de delay nos comandos, mas é imperceptível para modelistas casuais.

Sobre o alcance, muitos perguntam qual a distância máxima de operação dos modelos com sistema 4.2GHz. Jang diz que o único fator de limitação nesse caso é o olho humano. Enquanto você consegue ver o modelo, você o controla. E mais além, pois o alcance chega, dependendo dos obstáculos entre o receptor e o transmissor, a mais de 400 metros. Em um rádio semelhante, num modelo Monster Truck 1/18, após duas quadras (aproximadamente 200 metros) eu ainda controlava o modelo, mas a cada parada, não sabia mais onde era a frente e a traseira, por conta da distância. Mas os comandos respondiam perfeitamente.

E é isso. O nosso anfitrião despede-se dizendo que se você é um modelista casual, ou está preocupado com o custo adicional de um sistema de rádio para substituir o seu modelo de 27MHz, você está com sorte. Este modelo é bom demais pelo seu preço.

Até o próximo artigo, aqui no High Voltage RC!

Salve, amigos modelistas! Esse post é especial para mim, pois esse modelo foi o primeiro que comprei, e isso me traz ótimas recordações.

Para muitos que estão iniciando no hobby, já dei a dica em outro post: comece com um modelo com três características: RTR (pronto prá andar), pequena escala (1/18, 1/16…) e durável. Pelo menos eu comecei assim, e fiquei feliz por muito tempo. E é assim que se apresenta o Himoto / Irontrack Mastadon.

Himoto Mastadon 1/18 Monster Truck

Himoto Mastadon 1/18 Monster Truck

O Mastadon é um de 4 modelos diferentes com o chassi basicamente igual. Temos o Monster Truck, o Truggy, o Buggy e o Short Course Truck. Esse modelo testado é o Monster Truck, possui chassi com eixo cardã, comprimento total de 9,5 polegadas (quase 25 cm), e duas formas de apresentação: motor escovado com combo 3 em 1 (servo, receptor e ESC integrados), e motor não-escovado e receptor, servo e ESC independentes. A minha versão é a primeira, mas a testada no vídeo é a segunda. A diferença, na verdade, fica no preço, pois o desempenho é basicamente o mesmo, em se tratando de escala 1/18. Ah, e claro, se der problema no servo, no receptor ou no ESC da versão sem escova, você tem que comprar o combo completo.

A tração é integral (4WD), os amortecedores são do modelo Big Boar, em plástico, mas preenchidos com óleo e tampas em alumínio. Não há ajuste de geometria na suspensão, mas em um modelo desse tamanho, não faz falta. Na versão testada, é usando um microservo, um receptor de tamanho padrão e um ESC de 18 ampéres, específico para motores sem sensor. Falando no motor, na versão testada, é um 4400Kv, de 20 x 40 mm, e na versão escovada, o padrão é o RC370.

Combo Brushed (RC370 e 3 in 1, ESC+RX+Servo)

Combo Brushed (RC370 e 3 in 1, ESC+RX+Servo)

Motor brushless 4400KV

Motor brushless 4400KV

A versão não-escovada vem com uma bateria LiPo 2S, 25C e 1500 mAh, e a escovada com uma NiMH de 800 mAh. Essa versão, com essa bateria totalmente carregada, lhe permite de 15 a 20 minutos de duração. Ambos os modelos têm incluído o carregador, sendo o da NiMH um carregador lento (4h).

O controle é básico, 2.4GHz, com ajuste de trims e reverso para os dois canais. A versão não-escovada tem ainda dual rate para ambos os canais. A ergonomia é excelente, mesmo sendo um modelo simples. Para quem nunca usou um controle do tipo pistola, é praticamente instintivo. Com meia carga da NiMH, eu já estava habituado aos comandos, mesmo sem nunca ter usado um controle desses.

Ajustes do controle

Ajustes do controle

O controle: ergonômico e confortável na mão

O controle: ergonômico e confortável na mão

A relação peso-potência desse monstrinho é absurda. Na versão brless, a máxima é de 32 Milhas/hora (51 Km/h). Também nessa versão brless, a temperatura do motor, segundo o nosso anfitrião Jang, ficou razoável após 20 minutos de uso constante. Nos motores bred, a coisa é diferente. Recomendo um upgrade essencial, na forma de um dissipador com cooler para o RC370. Eu mesmo já queimei o dedo encostando sem querer naquela latinha…

Em terreno tipicamente off-road, o Mastadon anda muito bem. Em uma pista feita em casa (na verdade, apenas o traçado, com muita, mas MUITA poeira), eu me diverti bastante com ele. A resposta é rápida, ele vira bastante (até demais, dependendo do seu estilo), e em locais com muita tração, ele pode até capotar, mas enquanto o tubo da antena estiver intacto, ele volta às 4 rodas após um flip. O problema é que esses tubos de antena são bastante frágeis, entortam e quebram facilmente. Uma gambiarra pode ajudar: canudinhos de pirulito. É tão ou mais resistente que o tubo original, e você só tem que achar o diâmetro certo para encaixar no ponto de fixação do chassi. Ou andar sem tubo, decisão que eu recomendo para antes de começar a andar, assim você não precisa furar a bolha. Mas de volta ao review.

Cara de mau, apesar do tamanho.

Cara de mau, apesar do tamanho.

A substituição das rodas e dos pneus por outros modelos é difícil. Além do tamanho exclusivo, o Mastadon não usa adaptadores hexagonais ou pinos, fazendo com que você fique restrito às opções disponíveis de fábrica, ou recorra a adaptações extremas. A tração é boa, mas poderia ser melhor, o composto do pneu é um pouco firme demais, a espuma idem.

Em saltos, o carro se comporta bem, exceto por ser um pouco esnobe: a dianteira tende a levantar um pouco, o que pode ser facilmente corrigido, se você tiver bons reflexos. Normalmente, o carro quica uma vez só ao aterrizar, e é bastante estável. O ajuste de suspensão é muito bom, com o óleo exato para os amortecedores, as molas exatas, tudo nos conformes. Na minha opinião, a única coisa que poderia ser um pouco melhor é a altura do chão. Por ser um modelo off-road, ele é muito baixo e firme, e poderia ser um pouco mais alto e macio. Tal ajuste prejudicaria um pouco a estabilidade em curvas, mas deixaria o modelo mais “macho” em terrenos mais acidentados.

Iniciando um salto: ótimo ajuste de suspensão

Iniciando um salto: ótimo ajuste de suspensão

No teste de durabilidade, o Jang maltrata o pequenino. E como maltrata. Para dizer a verdade, não foi o tamanho, a aparência ou o desempenho que me levou a escolher o Mastadon, e sim a sua durabilidade. Antes de comprar, eu assisti exaustivamente o vídeo, analisando os prós e contras, e o que definiu a minha escolha foi o teste final. No modelo do Jang, nada se quebrou. Já no meu, a única coisa com a qual eu tive que me preocupar foi com os amortecedores dianteiros. Em uma pancada direta no ponto de fixação inferior do amortecedor, à toda velocidade, ele quebrou. Mas já comprei novos, e estão funcionando perfeitamente. O próprio Jang enfatiza que o modelo não é inquebrável, mas que mesmo tentando, ele não conseguiu. Por isso, acho perfeito para iniciantes, que uma vez ou outra vão achar um muro, uma árvore ou uma pedra grande pelo caminho.

Por conta deste review, e principalmente pela minha própria experiência, posso recomendar esse modelo. Divertido, barato, simples mas eficaz, e principalmente durável.

E é isso por hoje. Ainda essa semana, mais posts aqui no High Voltage RC!

Salve, amigos modelistas! Trazendo agora mais um review comentado, dessa vez de um ícone do mundo do automodelismo R/C: o Traxxas Summit 4WD MT, um Monster Truck na escala 1/8. Para alguns, ele seria escala 1/10, mas para um modelo com 55 centímetros de comprimento, quase 30 centímetros de altura e mais ou menos 45 centímetros de largura, chamar de 1/10 chega a ser covardia com os modelos conhecidos nessa escala.

Traxxas Summit 4WD MT

Traxxas Summit 4WD MT

Esteticamente, o Summit chama a atenção pela gaiola envolvendo a bolha, além dos pára-lamas em nylon, tudo isso contribuindo também para a rigidez estrutural. Outro detalhe que impressiona muito visualmente é a altura do chassi em relação ao solo. Apesar de ser um veículo com suspensão independente, ele tem tanta articulação quando alguns modelos de eixo rígido.

Articulação máxima da suspensão

Articulação máxima da suspensão

Com a bolha removida, o que se vê é uma plataforma familiar aos donos do E-REVO. A começar pelos amortecedores, posicionados no conhecido “sistema REVO”, horizontalmente. Igualmente, o Summit usa, para articular a suspensão, os rockers, ou cantiléveres, só que com um curso maior, devido à altura muito mais elevada do conjunto. Para ajustar a cambagem, pillow balls (alguém me ajude, não pude encontrar a tradução do nome da peça… hehehe), no lugar de links de cambagem. Os pneus, com aprox. 15 centímetros de diâmetro, são de uma borracha muito fina e macia, como é macia também a espuma de preenchimento. Os anéis entre os pneus e as rodas não são beadlocks de verdade, são apenas estéticos.

Beadlocks estéticos e padrão dos pneus

Beadlocks estéticos e padrão dos pneus

Na parte de eletrônicos, vemos o chamativo e gigantesco motor Traxxas Titan 775 brushed, que vem com uma ventoinha integrada. O ESC também é da própria Traxxas, o EVX-2 à prova d’água. A versão testada pelo Jang não tinha cutoff, mas as novas versões têm. Voltando ao quesito “à prova d’água”, temos essa característica na caixa do receptor e nos 5 servos. Não, eu não errei no digitar, são mesmo CINCO servos. São dois maiores, conectados mecanicamente, para esterço, um pequeno para a transmissão de duas velocidades e um pequeno para blocar cada diferencial.

Layout do chassi, muito semelhante ao E-REVO

Layout do chassi, muito semelhante ao E-REVO

Como no E-REVO, são duas baías laterais ventiladas para as baterias, com espaço para modelos mais longos. Essa versão RTR vem com duas baterias NiMH, de 3000 mAh. Mas uma coisa que o Summit tem e o E-REVO não tem é um conjunto luminoso. São 4 LEDs brancos no pára-choques dianteiro e 6 LED’s vermelhos no traseiro. O vídeo não mostra, mas é possível desconectar esses LEDs para economizar bateria, entretanto o consumo dos LED’s é tão baixo que não altera significativamente a duração da carga das baterias.

No que diz respeito ao rádio, o Summit testado no vídeo veio com o modelo TQ, mas o próprio Jang avisa que os modelos já estão vindo agora com o TQi. É o mesmo sistema tradicional do TQi, mas com dois canais a mais, um para a transmissão e um para selecionar o bloqueio dos diferenciais (desblocados, frente blocada e todo blocado).

Traxxas TQi, 4 canais (no detalhe, o receptor)

Traxxas TQi, 4 canais (no detalhe, o receptor)

A marcha lenta dá uma redução de 70 para 1, e o radar do Jang nem conseguiu registrar a velocidade máxima. Na segunda marcha, a razão é de 25 para 1, fazendo o Summit alcançar aproximadamente 21 milhas/hora (aprox. 33 Km/h). Para um off-road com essas dimensões, não é uma velocidade impressionante, mas é suficiente. As medidas foram feitas com a bateria original NiMH, mas a velocidade final é a mesma com a LiPo 2S. A única diferença é a melhor aceleração e o maior tempo de carga da bateria. E se comparado com modelos Crawler com eixos rígidos, a velocidade é 2 a 3x maior. E de acordo com o nosso anfitrião, o Summit não parece lento, especialmente pelo tipo de terreno ao qual ele se destina.

A suspensão, por conta da velocidade, do peso e do terreno, é um pouco macia demais, especialmente a traseira. Mesmo com os ajustes disponíveis “direto da caixa”, como preload clips e diferentes pontos de ajuste, não foi o bastante para evitar que a traseira raspasse o chão em várias oportunidades. E sempre que isso acontece, a traseira salta para cima, por conta das molas dos amortecedores, desparelhas com a suavidade do amortecimento (culpa do óleo muito fino nos amortecedores).

Já na marcha lenta, com os diferenciais travados e passando por terrenos bastante acidentados, o Summit mostra exatamente em que tipo de terreno ele deve ser conduzido. O próprio Jang afirma que você pode ver o seu Summit tentando transpor um obstáculo com os diferenciais atuando livres, travá-los, e conseguir passar sem precisar buscar o modelo, e sem precisar dar ré vergonhosamente, “com o rabo entre as pernas”, como ele mesmo diz no vídeo.

E ainda tem mais: pedras! No terreno dos Crawlers, o Summit prova que não é apenas mais um Monster Truck. Apesar da suspensão independente (esta frase está se tornando a frase do post, não?) o modelo não deixa a desejar sobre pedras. Claro, um circuito de campeonato seria uma covardia, mas em pedras apenas empilhadas, sem pretensão de criar um trajeto de campeonato, o “monstrengo” não se acovarda. Passa por muitas coisas que outros Monster Trucks não se atreveriam. Tudo isso graças à grande articulação dos braços da suspensão e ao espaço enorme entre o plano horizontal dos pneus e o chassi.

Não tem medo de encarar pedras

O Summit definitivamente não tem medo de encarar pedras

Já em uma pista off-road, o modelo não foi assim tããão bem. Na verdade, ele foi muito ruim. e exatamente por conta do que faz dele tão bom em terreno acidentado e nas pedras. Centro de gravidade elevadíssimo, suspensão muito mole, baixa velocidade final, o peso… Mas mesmo assim, é possível dirigi-lo e se divertir bastante. Depois que você se acostuma com o comportamento dele, você consegue mantê-lo nas quatro rodas quase o tempo todo.

O Summit em seu habitat natural

O Summit em seu habitat natural

Na opinião do Jang, o que temos não é um modelo que é mais ou menos em tudo. Temos um modelo que é especializado em ser… um Summit. Este é um modelo incomparável, e fundamentalmente único. Não é à toa que está no mercado por tanto tempo, e é tão cultuado pelos seus donos. E posso falar com tranquilidade quando digo: EU QUERO UM! hehehe

Duas marchas e diferenciais blocáveis remotamente

Duas marchas e diferenciais blocáveis remotamente

E é isso. Por hoje, vamos finalizando mais um post com review comentado. Não esqueça de curtir o vídeo se você gostou, ou “descurtir” se não gostou, e subscreva-se no canal UltimateRC. Até mais!