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Redcat Racing

Redcat Racing

Salve, amigos modelistas!

Como prometido em cada post, não deixei de lembrar do blog, especialmente nos últimos tempos. Entretanto, o tempo é curto para pesquisar, escrever, e até testar novos produtos. Mas como eu não deixei de praticar o automodelismo, também não deixei de me atualizar e, desta forma, apresento agora um novo produto: o Redcat Racing Rockslide RS10 TX 1/10 Rock Crawler!

Este é apenas o segundo post de review próprio que faço, mas já assisti tantos pela internet que acho que estou ficando cada vez mais minucioso na avaliação. Então, vamos ao auto!

Redcat Racing Rockslide RS10 XT 1/10 Rock Crawler

Redcat Racing Rockslide RS10 XT 1/10 Rock Crawler

O Rockslide RS10 XT é um modelo com alguns anos no mercado. Passou por pequenas atualizações, sendo a mais significativa a alteração do sistema de rádio, do bom e velho AM 27MHz (nem tão bom, mas muito velho) para o 2.4GHz. Basicamente, estamos olhando para um clássico modelo Rock Crawler, que possui a configuração MOA (Motor On Axle, ou “motor no eixo”), além de um diferencial interessante, e muito usado em modelos de competição: duplo esterço, ou seja, as rodas de trás também esterçam. Some a isso um rádio de 3 canais, com 4 modos de esterço diferentes, e você tem uma gama de opções que não deixa nada a desejar para um Crawler de respeito.

Visão do modelo completo

Visão do modelo completo

Visão do modelo sem a bolha

Visão do modelo sem a bolha

Bom, vamos analisar cada aspecto do modelo. A primeira impressão que se tem simplesmente olhando para o modelo é que ele não tem outro objetivo senão escalar pedras. A bolha pequena, os eixos rígidos, os dois motores escovados, os dois servos… infelizmente nem tudo é o que parece ser.

Bolha em policarbonato, pintada de fábrica

Bolha em policarbonato, pintada de fábrica

Sobre os motores, temos dois RC390, com eixos de 3,2 mm. Apenas o suficiente. O tamanho também não ajuda, pois torna difícil adaptar motores maiores e mais fortes. Já no quesito servos, infelizmente quem compra este modelo tem que guardar mais uns trocados para trocar imediatamente estes componentes. Os servos originais (Futaba S3003, com míseros 4Kg de torque) é obviamente insuficiente, dado o tamanho dos pneus e o estilo de pilotagem. No meu modelo, troquei apenas o da frente por um TowerPro MG996r, com 11Kg de torque… e que diferença!

Servo Futaba S3003

Servo Futaba S3003

Motor RC390

Motor RC390

Já que eu mencionei o tamanho dos pneus, vamos falar desses componentes. Material razoavelmente macio, e com um desempenho à altura: apenas razoável. Felizmente, há um upgrade que pode ser feito rapidamente, e sem custo: eliminar a espuma do interior. Ela é responsável por manter o formato dos pneus, mas impede a deformação quando se encontra algum obstáculo. Feito isso, escalar fica muito mais fácil. E ainda, se você é daqueles que se preocupa com a resistência e o peso das rodas, pode deixar essas preocupações de lado: dois beadlocks de uma liga de zinco em cada roda garantem duas coisas: que o CG do modelo vai ficar bem localizado, e que é fácil trocar os pneus (bem mais fácil do que tentar tirar a cola que vem em modelos sem beadlocks).

Rodas e pneus, com Beadlocks

Rodas e pneus, com Beadlocks

Ainda no que diz respeito ao CG, temos uma disposição de componentes perfeita para a modalidade. Fora os motores e servos localizados nos eixos, a bateria fica bem embaixo no chassi, protegida por uma placa horizontal de alumínio, que possibilita que o chassi raspe em pedras sem risco para a bateria. Esta, uma NiMH de 1800mAh no modelo original, pode ser substituída por uma grande variedade de LiPOs 2S, devido ao bom espaço reservado para ela. Só é necessário lembrar que o ESC original não tem preparação para LiPOs, o que pede um buzzer ou um cutoff para essa alteração.

Detalhe do suporte da bateria

Detalhe do suporte da bateria

Na parte de cima do chassi, que é formado por duas placas de alumínio verticais paralelas, temos o local onde ficam o ESC, o receptor e a chave liga/desliga. Mesmo com a bolha colocada, esta última é facilmente acessada, bem como a bateria, presa no lugar por dois straps com velcro.

O uso de links ajustáveis na suspensão, bem como amortecedores com molas que variam entre o macio e o médio e a configuração de eixos rígidos, dão um excelente ângulo de elevação individual de cada roda (quase 90º). Não fosse a bolha, poderia ter todo esse esterço em campo, mas não se nota, no uso, necessidade para tanto. Alterações para elevar ou baixar o chassi são possíveis, mas se perde muito do ângulo de elevação individual, além do que dificulta o crawling. Se você vai usar o modelo como um trail, essa alteração pode até funcionar, mas já aviso: o entre eixos vai ser alterado também, o que vai dificultar a adaptação da bolha a ser usada.

Angulação dos eixos

Angulação dos eixos

Enfim, o conceito da Redcat Racing para este modelo é o mesmo para todos os da marca: FAF (Fast, Affordable, Fun). Quanto ao primeiro, este modelo não tem nem como atender; a velocidade máxima é imensuravelmente baixa, como todo crawler. Mas definitivamente, o modelo tem um preço muito acessível: no site oficial, ele é comercializado por apenas US$219,99, e os upgrades necessários para que ele fique muito melhor não são assim tão caros (um par de servos, um buzzer e uma bateria LiPO 2S de, pelo menos, 2.200mAh). E na parte da diversão, uma vez que ele é um modelo básico e barato, esta é garantida. O modelo é valente, e o esterço das rodas traseiras é literalmente uma “mão na roda”, permitindo transpor obstáculos desafiadores.

Sistemas de esterço, comandados pelo rádio

Sistemas de esterço, comandados pelo rádio

Pois bem, esse modelo foi testado tanto em suas configurações básicas quanto com algumas pequenas modificações, e particularmente recomendado para modelistas iniciantes na modalidade, ou com poucos recursos para investir no modelismo.

Não deixem de acompanhar o blog, e recomendar aos amigos menos experientes, e podem contar sempre com novidades, aqui no HVRC!

Salve, amigos modelistas!

Mais uma vez venho apresentar um review feito pelo nosso amigo Jang, dessa vez de um modelo que divide opiniões: Traxxas Telluride 1/10. Como o nosso anfitrião mudou o sistema dos vídeos dele, apresentando os reviews em vários vídeos separados, vou usar como base apenas o “Final Thoughts”, ou seja, as conclusões a que ele chegou com o tempo que gastou no modelo.

Primeiramente, é necessário entender o que é o modelo, e a que ele se propõe. O Traxxas Telluride é um offroad escala 1/10 lançado recentemente, com uma idéia até certo ponto inovadora: uma estrutura offroad, voltada a terrenos extremos. Lembra os modelos trail, mas com suspensão independente. Digo inovadora não pela idéia em sí, mas porque nenhum outro fabricante ousou lançar um trail com esse tipo de suspensão. Afinal, não é novidade para os modelistas mais experientes que a suspensão com eixo rígido é infinitamente superior à independente para essa modalidade.

E o Jang começa o seu vídeo de impressões finais apresentando o conceito do modelo. Ou melhor, ele começa dizendo o que o modelo NÃO é… no caso, um rock crawler. Ele (o modelo) não é anunciado dessa forma, não se comporta dessa forma e, finalmente, não deve ser usado dessa forma. Ele deve ser usado em terrenos acidentados, como um pátio de máquinas de uma construção, ou locais onde modelos de carros de passeio poderiam passar, mas não seriam nada bem-vindos.

Dando seguimento, Jang analisa como o modelo se sai fazendo o que ele deveria fazer. Para o nosso anfitrião, o modelo é (parafraseando um personagem de TV) mais ou menos… em primeiro lugar por conta dos pneus. O composto é um pouco rígido demais, beneficiando a durabilidade em detrimento do grip. Não chegam a ser um fracasso total, mas poderiam ser muito melhores.

Outro motivo que deixa o carro com uma avaliação apenas regular, é o fato de ter diferenciais abertos. A Traxxas pecou ao manter o diff plenamente funcional, mesmo usando um óleo 100.000, uma viscosidade média. Segundo Jang, o ideal seria, pelo menos 200.000 ou 300.000, fazendo com  que o carro segurasse bem nos terrenos acidentados, mas mesmo assim ainda possa ser usado no asfalto, por exemplo.

O terceiro e principal motivo é o motor. O Titan 12T é usado nos modelos 2WD da Traxxas, e esta é a primeira vez que é usado num modelo 4WD, mais pesado e transferindo muito mais potência ao chão. O motor é escovado, e em situações normais (temperatura ambiente amena, sem forçar muito em baixas velocidades e no tipo de terreno proposto) ele anda quente. Numa tentativa de fazer crawling, Jang chegou a queimar o motor do modelo que ele testou, comprovando de uma vez por todas que o modelo  NÃO DEVE SER USADO PARA CRAWLING! hehehe…

Bom, esta avaliação do Jang foi levando em conta a experiência do cara em automodelismo, especialmente elétrico. São problemas que podem ser resolvidos facilmente no caso dos pneus e dos diffs, e não tão facilmente no caso do motor. Até mesmo, ele diz que se você usar o modelo como ele deve ser usado, o motor vai sim aguentar um bom tempo. Mas o ideal seria substituir o motor por um brushless com sensor, o que permitiria, inclusive, algumas voltas de crawling leve, apesar da suspensão. Mas isso nos leva a outro ponto, a questão do valor. Na época do vídeo, o modelo custava US$ 300,00 sem os descontos característicos das lojas online dos EUA. É o modelo mais em conta da Traxxas, até pela simplicidade. E isto o torna um modelo excelente em um quesito muito específico, que explicarei abaixo.

O Jang diz no vídeo que ele é, por dentro, um crianção crescido, por ser ainda bem jovem. E ele ainda lembra bem dos sentimentos que ele tinha na infância. E é por isso que ele diz, com toda propriedade, que o Telluride é um excelente modelo de entrada no hobby, tanto para adultos iniciantes quanto para crianças. O valor é competitivo com modelos toy-grade, e oferece muito mais do que um brinquedo.

E assim, ele encerra dizendo que o modelo é sim uma boa escolha nas situações acima, mas não é indicado a modelistas experientes. Uma nota pessoal, o modelo é muito agradável visualmente, e por ser um Traxxas tem várias opções de configuração e peças de reposição, além de contarmos com a qualidade de uma empresa consolidada no mercado mundial de modelismo.

É isso, amigos. Abaixo seguem os vídeos que o Jang fez do Telluride para vocês tirarem as próprias conclusões. Compartilhem o link do post no Facebook, e não deixem de seguir o novíssimo Twitter do blog no @HVRCblog. Até a próxima!

Salve, amigos modelistas! Esse post é especial para mim, pois esse modelo foi o primeiro que comprei, e isso me traz ótimas recordações.

Para muitos que estão iniciando no hobby, já dei a dica em outro post: comece com um modelo com três características: RTR (pronto prá andar), pequena escala (1/18, 1/16…) e durável. Pelo menos eu comecei assim, e fiquei feliz por muito tempo. E é assim que se apresenta o Himoto / Irontrack Mastadon.

Himoto Mastadon 1/18 Monster Truck

Himoto Mastadon 1/18 Monster Truck

O Mastadon é um de 4 modelos diferentes com o chassi basicamente igual. Temos o Monster Truck, o Truggy, o Buggy e o Short Course Truck. Esse modelo testado é o Monster Truck, possui chassi com eixo cardã, comprimento total de 9,5 polegadas (quase 25 cm), e duas formas de apresentação: motor escovado com combo 3 em 1 (servo, receptor e ESC integrados), e motor não-escovado e receptor, servo e ESC independentes. A minha versão é a primeira, mas a testada no vídeo é a segunda. A diferença, na verdade, fica no preço, pois o desempenho é basicamente o mesmo, em se tratando de escala 1/18. Ah, e claro, se der problema no servo, no receptor ou no ESC da versão sem escova, você tem que comprar o combo completo.

A tração é integral (4WD), os amortecedores são do modelo Big Boar, em plástico, mas preenchidos com óleo e tampas em alumínio. Não há ajuste de geometria na suspensão, mas em um modelo desse tamanho, não faz falta. Na versão testada, é usando um microservo, um receptor de tamanho padrão e um ESC de 18 ampéres, específico para motores sem sensor. Falando no motor, na versão testada, é um 4400Kv, de 20 x 40 mm, e na versão escovada, o padrão é o RC370.

Combo Brushed (RC370 e 3 in 1, ESC+RX+Servo)

Combo Brushed (RC370 e 3 in 1, ESC+RX+Servo)

Motor brushless 4400KV

Motor brushless 4400KV

A versão não-escovada vem com uma bateria LiPo 2S, 25C e 1500 mAh, e a escovada com uma NiMH de 800 mAh. Essa versão, com essa bateria totalmente carregada, lhe permite de 15 a 20 minutos de duração. Ambos os modelos têm incluído o carregador, sendo o da NiMH um carregador lento (4h).

O controle é básico, 2.4GHz, com ajuste de trims e reverso para os dois canais. A versão não-escovada tem ainda dual rate para ambos os canais. A ergonomia é excelente, mesmo sendo um modelo simples. Para quem nunca usou um controle do tipo pistola, é praticamente instintivo. Com meia carga da NiMH, eu já estava habituado aos comandos, mesmo sem nunca ter usado um controle desses.

Ajustes do controle

Ajustes do controle

O controle: ergonômico e confortável na mão

O controle: ergonômico e confortável na mão

A relação peso-potência desse monstrinho é absurda. Na versão brless, a máxima é de 32 Milhas/hora (51 Km/h). Também nessa versão brless, a temperatura do motor, segundo o nosso anfitrião Jang, ficou razoável após 20 minutos de uso constante. Nos motores bred, a coisa é diferente. Recomendo um upgrade essencial, na forma de um dissipador com cooler para o RC370. Eu mesmo já queimei o dedo encostando sem querer naquela latinha…

Em terreno tipicamente off-road, o Mastadon anda muito bem. Em uma pista feita em casa (na verdade, apenas o traçado, com muita, mas MUITA poeira), eu me diverti bastante com ele. A resposta é rápida, ele vira bastante (até demais, dependendo do seu estilo), e em locais com muita tração, ele pode até capotar, mas enquanto o tubo da antena estiver intacto, ele volta às 4 rodas após um flip. O problema é que esses tubos de antena são bastante frágeis, entortam e quebram facilmente. Uma gambiarra pode ajudar: canudinhos de pirulito. É tão ou mais resistente que o tubo original, e você só tem que achar o diâmetro certo para encaixar no ponto de fixação do chassi. Ou andar sem tubo, decisão que eu recomendo para antes de começar a andar, assim você não precisa furar a bolha. Mas de volta ao review.

Cara de mau, apesar do tamanho.

Cara de mau, apesar do tamanho.

A substituição das rodas e dos pneus por outros modelos é difícil. Além do tamanho exclusivo, o Mastadon não usa adaptadores hexagonais ou pinos, fazendo com que você fique restrito às opções disponíveis de fábrica, ou recorra a adaptações extremas. A tração é boa, mas poderia ser melhor, o composto do pneu é um pouco firme demais, a espuma idem.

Em saltos, o carro se comporta bem, exceto por ser um pouco esnobe: a dianteira tende a levantar um pouco, o que pode ser facilmente corrigido, se você tiver bons reflexos. Normalmente, o carro quica uma vez só ao aterrizar, e é bastante estável. O ajuste de suspensão é muito bom, com o óleo exato para os amortecedores, as molas exatas, tudo nos conformes. Na minha opinião, a única coisa que poderia ser um pouco melhor é a altura do chão. Por ser um modelo off-road, ele é muito baixo e firme, e poderia ser um pouco mais alto e macio. Tal ajuste prejudicaria um pouco a estabilidade em curvas, mas deixaria o modelo mais “macho” em terrenos mais acidentados.

Iniciando um salto: ótimo ajuste de suspensão

Iniciando um salto: ótimo ajuste de suspensão

No teste de durabilidade, o Jang maltrata o pequenino. E como maltrata. Para dizer a verdade, não foi o tamanho, a aparência ou o desempenho que me levou a escolher o Mastadon, e sim a sua durabilidade. Antes de comprar, eu assisti exaustivamente o vídeo, analisando os prós e contras, e o que definiu a minha escolha foi o teste final. No modelo do Jang, nada se quebrou. Já no meu, a única coisa com a qual eu tive que me preocupar foi com os amortecedores dianteiros. Em uma pancada direta no ponto de fixação inferior do amortecedor, à toda velocidade, ele quebrou. Mas já comprei novos, e estão funcionando perfeitamente. O próprio Jang enfatiza que o modelo não é inquebrável, mas que mesmo tentando, ele não conseguiu. Por isso, acho perfeito para iniciantes, que uma vez ou outra vão achar um muro, uma árvore ou uma pedra grande pelo caminho.

Por conta deste review, e principalmente pela minha própria experiência, posso recomendar esse modelo. Divertido, barato, simples mas eficaz, e principalmente durável.

E é isso por hoje. Ainda essa semana, mais posts aqui no High Voltage RC!

Salve, amigos modelistas! Trazendo agora mais um review comentado, dessa vez de um ícone do mundo do automodelismo R/C: o Traxxas Summit 4WD MT, um Monster Truck na escala 1/8. Para alguns, ele seria escala 1/10, mas para um modelo com 55 centímetros de comprimento, quase 30 centímetros de altura e mais ou menos 45 centímetros de largura, chamar de 1/10 chega a ser covardia com os modelos conhecidos nessa escala.

Traxxas Summit 4WD MT

Traxxas Summit 4WD MT

Esteticamente, o Summit chama a atenção pela gaiola envolvendo a bolha, além dos pára-lamas em nylon, tudo isso contribuindo também para a rigidez estrutural. Outro detalhe que impressiona muito visualmente é a altura do chassi em relação ao solo. Apesar de ser um veículo com suspensão independente, ele tem tanta articulação quando alguns modelos de eixo rígido.

Articulação máxima da suspensão

Articulação máxima da suspensão

Com a bolha removida, o que se vê é uma plataforma familiar aos donos do E-REVO. A começar pelos amortecedores, posicionados no conhecido “sistema REVO”, horizontalmente. Igualmente, o Summit usa, para articular a suspensão, os rockers, ou cantiléveres, só que com um curso maior, devido à altura muito mais elevada do conjunto. Para ajustar a cambagem, pillow balls (alguém me ajude, não pude encontrar a tradução do nome da peça… hehehe), no lugar de links de cambagem. Os pneus, com aprox. 15 centímetros de diâmetro, são de uma borracha muito fina e macia, como é macia também a espuma de preenchimento. Os anéis entre os pneus e as rodas não são beadlocks de verdade, são apenas estéticos.

Beadlocks estéticos e padrão dos pneus

Beadlocks estéticos e padrão dos pneus

Na parte de eletrônicos, vemos o chamativo e gigantesco motor Traxxas Titan 775 brushed, que vem com uma ventoinha integrada. O ESC também é da própria Traxxas, o EVX-2 à prova d’água. A versão testada pelo Jang não tinha cutoff, mas as novas versões têm. Voltando ao quesito “à prova d’água”, temos essa característica na caixa do receptor e nos 5 servos. Não, eu não errei no digitar, são mesmo CINCO servos. São dois maiores, conectados mecanicamente, para esterço, um pequeno para a transmissão de duas velocidades e um pequeno para blocar cada diferencial.

Layout do chassi, muito semelhante ao E-REVO

Layout do chassi, muito semelhante ao E-REVO

Como no E-REVO, são duas baías laterais ventiladas para as baterias, com espaço para modelos mais longos. Essa versão RTR vem com duas baterias NiMH, de 3000 mAh. Mas uma coisa que o Summit tem e o E-REVO não tem é um conjunto luminoso. São 4 LEDs brancos no pára-choques dianteiro e 6 LED’s vermelhos no traseiro. O vídeo não mostra, mas é possível desconectar esses LEDs para economizar bateria, entretanto o consumo dos LED’s é tão baixo que não altera significativamente a duração da carga das baterias.

No que diz respeito ao rádio, o Summit testado no vídeo veio com o modelo TQ, mas o próprio Jang avisa que os modelos já estão vindo agora com o TQi. É o mesmo sistema tradicional do TQi, mas com dois canais a mais, um para a transmissão e um para selecionar o bloqueio dos diferenciais (desblocados, frente blocada e todo blocado).

Traxxas TQi, 4 canais (no detalhe, o receptor)

Traxxas TQi, 4 canais (no detalhe, o receptor)

A marcha lenta dá uma redução de 70 para 1, e o radar do Jang nem conseguiu registrar a velocidade máxima. Na segunda marcha, a razão é de 25 para 1, fazendo o Summit alcançar aproximadamente 21 milhas/hora (aprox. 33 Km/h). Para um off-road com essas dimensões, não é uma velocidade impressionante, mas é suficiente. As medidas foram feitas com a bateria original NiMH, mas a velocidade final é a mesma com a LiPo 2S. A única diferença é a melhor aceleração e o maior tempo de carga da bateria. E se comparado com modelos Crawler com eixos rígidos, a velocidade é 2 a 3x maior. E de acordo com o nosso anfitrião, o Summit não parece lento, especialmente pelo tipo de terreno ao qual ele se destina.

A suspensão, por conta da velocidade, do peso e do terreno, é um pouco macia demais, especialmente a traseira. Mesmo com os ajustes disponíveis “direto da caixa”, como preload clips e diferentes pontos de ajuste, não foi o bastante para evitar que a traseira raspasse o chão em várias oportunidades. E sempre que isso acontece, a traseira salta para cima, por conta das molas dos amortecedores, desparelhas com a suavidade do amortecimento (culpa do óleo muito fino nos amortecedores).

Já na marcha lenta, com os diferenciais travados e passando por terrenos bastante acidentados, o Summit mostra exatamente em que tipo de terreno ele deve ser conduzido. O próprio Jang afirma que você pode ver o seu Summit tentando transpor um obstáculo com os diferenciais atuando livres, travá-los, e conseguir passar sem precisar buscar o modelo, e sem precisar dar ré vergonhosamente, “com o rabo entre as pernas”, como ele mesmo diz no vídeo.

E ainda tem mais: pedras! No terreno dos Crawlers, o Summit prova que não é apenas mais um Monster Truck. Apesar da suspensão independente (esta frase está se tornando a frase do post, não?) o modelo não deixa a desejar sobre pedras. Claro, um circuito de campeonato seria uma covardia, mas em pedras apenas empilhadas, sem pretensão de criar um trajeto de campeonato, o “monstrengo” não se acovarda. Passa por muitas coisas que outros Monster Trucks não se atreveriam. Tudo isso graças à grande articulação dos braços da suspensão e ao espaço enorme entre o plano horizontal dos pneus e o chassi.

Não tem medo de encarar pedras

O Summit definitivamente não tem medo de encarar pedras

Já em uma pista off-road, o modelo não foi assim tããão bem. Na verdade, ele foi muito ruim. e exatamente por conta do que faz dele tão bom em terreno acidentado e nas pedras. Centro de gravidade elevadíssimo, suspensão muito mole, baixa velocidade final, o peso… Mas mesmo assim, é possível dirigi-lo e se divertir bastante. Depois que você se acostuma com o comportamento dele, você consegue mantê-lo nas quatro rodas quase o tempo todo.

O Summit em seu habitat natural

O Summit em seu habitat natural

Na opinião do Jang, o que temos não é um modelo que é mais ou menos em tudo. Temos um modelo que é especializado em ser… um Summit. Este é um modelo incomparável, e fundamentalmente único. Não é à toa que está no mercado por tanto tempo, e é tão cultuado pelos seus donos. E posso falar com tranquilidade quando digo: EU QUERO UM! hehehe

Duas marchas e diferenciais blocáveis remotamente

Duas marchas e diferenciais blocáveis remotamente

E é isso. Por hoje, vamos finalizando mais um post com review comentado. Não esqueça de curtir o vídeo se você gostou, ou “descurtir” se não gostou, e subscreva-se no canal UltimateRC. Até mais!