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Salve, amigos modelistas!

Vamos falar hoje de coisas pequenas, locais apertados, mecânica simples mas funcional… Mas de diversão gigante! O papo hoje é sobre escalas menores, de 1:16 para baixo.

Como vocês já sabem, meu primeiro modelo foi um Himoto Mastadom, um Monster Truck escala 1:18. É hoje em dia, ainda tenho boas lembranças daquele pequeno valente! Perfeitos para iniciantes, modelos em escala menor de 1:16 são normalmente mais baratos, de manutenção mais fácil, mas muito divertidos.

Micro14

Himoto Mastadon 1:18 Brushed, meu primeiro modelo

Relembrando o quesito escala: a maioria dos modelos RC que conhecemos não tem um equivalente em escala 1:1. Salvo os modelos Scale Trail customizados e os Short Course Trucks, é praticamente impossível encontrarmos uma E-Revo com um motorista dentro, ou um Axial Wraith saindo de uma linha de montagem (apenas lembrando que existem sim carros feitos artesanalmente que lembram os modelos citados, e outros, mas não são comuns de se ver na rua). E ainda, quanto menor a escala, mais difícil fazer um RC igual a um modelo 1:1.

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HPI Savage XS Flux, com bolha da Ford Raptos. 2/3 do tamanho da já conhecida Savage Flux.

As escalas consideradas mini iniciam em 1:16, mas vão até 1:36 (pelo que sei, talvez até existam menores). Os 1:16 não são tão numerosos, mas são mais conhecidos, como os Slash, Mini E-Revo e Summit da Traxxas, o Mini Rally, o HellSeeker e o Bad Bug, da Turnigy, entre outros. Na escala 1:18, a Traxxas entra forte com a linha LaTrax (subsidiária que distribui modelos em menor escala), com o Rally, o Teton e o SST. Outras empresas vendem modelos genéricos, como a linha 1:18 da HSP/Himoto, com modelos que compartilham a mesma plataforma (entre eles, o Mastadon). Até a Team Associated tem seus modelos mini (o SC18, o RC1882, o Rival Mini Monster Truck e o APEX Mini Touring). A Losi tem o Mini-Desert Truck, a RC4WD tem o Gelande II 1:18, e até a HPI tem um modelo “mini”, apesar de não divulgar a escala (apenas informando que a Savage XS Flux tem 2/3 do tamanho da Savage normal).

Modelos ainda menores fazem a alegria de quem curte uma modalidade distinta do modelismo: modelos mini on-road, popularmente conhecidos como “MiniZ”. Fabricados pela Kyosho na escala 1:28, esses modelos possuem inclusive campeonatos oficiais especialmente nos países da Ásia, como Tailândia e Malásia. E sim, existe Campeonato Mundial de MiniZ! A final do campeonato de 2016 será realizada em Lyon, na França. Certamente é a modalidade mini mais famosa e difundida.

A Team Losi, grande fabricante de RC’s, também impressiona no tamanho, e nos dois sentidos. O seu modelo 5ive-T já é bem famoso entre os praticantes de modelismo, na mostruosa escala 1:5. Mas eles também fabricam os modelos Micro Rock Crawler, Micro SCTE, Micro Rally e Micro Truggy (todos escala 1:24). E não para por aí, eles ainda têm o Micro HIGHroller, na impressionante escala 1:36!

Achou a escala do Micro HIGHroller impressionante? Pois saiba que o menor RC do mundo é um Mercedes-Benz Smart, construído pelo japonês (ah, vá!) Michihiro Ino, em 2002. Alguém tenta adivinhar a escala? Impressionantes 1:90! Sim, menor que a unha do seu dedão! E com autonomia para 15 minutos de brincadeira! hehehe

Micro8

Menor RC do mundo, registrado no Guinnes Book. Escala 1:90!

E estamos caminhando tecnologicamente para modelos ainda menores, é apenas questão de tempo para vermos modelos que desafiam nossa imaginação, e que sejam dignos de filmes de ficção científica. Mas isso é assunto para outro post. Fico por aqui, nesse post relativamente curto, mas que espero ter contribuído em algo. Abraço, e até a próxima!

Salve, amigos modelistas!

Mais uma vez venho apresentar um review feito pelo nosso amigo Jang, dessa vez de um modelo que divide opiniões: Traxxas Telluride 1/10. Como o nosso anfitrião mudou o sistema dos vídeos dele, apresentando os reviews em vários vídeos separados, vou usar como base apenas o “Final Thoughts”, ou seja, as conclusões a que ele chegou com o tempo que gastou no modelo.

Primeiramente, é necessário entender o que é o modelo, e a que ele se propõe. O Traxxas Telluride é um offroad escala 1/10 lançado recentemente, com uma idéia até certo ponto inovadora: uma estrutura offroad, voltada a terrenos extremos. Lembra os modelos trail, mas com suspensão independente. Digo inovadora não pela idéia em sí, mas porque nenhum outro fabricante ousou lançar um trail com esse tipo de suspensão. Afinal, não é novidade para os modelistas mais experientes que a suspensão com eixo rígido é infinitamente superior à independente para essa modalidade.

E o Jang começa o seu vídeo de impressões finais apresentando o conceito do modelo. Ou melhor, ele começa dizendo o que o modelo NÃO é… no caso, um rock crawler. Ele (o modelo) não é anunciado dessa forma, não se comporta dessa forma e, finalmente, não deve ser usado dessa forma. Ele deve ser usado em terrenos acidentados, como um pátio de máquinas de uma construção, ou locais onde modelos de carros de passeio poderiam passar, mas não seriam nada bem-vindos.

Dando seguimento, Jang analisa como o modelo se sai fazendo o que ele deveria fazer. Para o nosso anfitrião, o modelo é (parafraseando um personagem de TV) mais ou menos… em primeiro lugar por conta dos pneus. O composto é um pouco rígido demais, beneficiando a durabilidade em detrimento do grip. Não chegam a ser um fracasso total, mas poderiam ser muito melhores.

Outro motivo que deixa o carro com uma avaliação apenas regular, é o fato de ter diferenciais abertos. A Traxxas pecou ao manter o diff plenamente funcional, mesmo usando um óleo 100.000, uma viscosidade média. Segundo Jang, o ideal seria, pelo menos 200.000 ou 300.000, fazendo com  que o carro segurasse bem nos terrenos acidentados, mas mesmo assim ainda possa ser usado no asfalto, por exemplo.

O terceiro e principal motivo é o motor. O Titan 12T é usado nos modelos 2WD da Traxxas, e esta é a primeira vez que é usado num modelo 4WD, mais pesado e transferindo muito mais potência ao chão. O motor é escovado, e em situações normais (temperatura ambiente amena, sem forçar muito em baixas velocidades e no tipo de terreno proposto) ele anda quente. Numa tentativa de fazer crawling, Jang chegou a queimar o motor do modelo que ele testou, comprovando de uma vez por todas que o modelo  NÃO DEVE SER USADO PARA CRAWLING! hehehe…

Bom, esta avaliação do Jang foi levando em conta a experiência do cara em automodelismo, especialmente elétrico. São problemas que podem ser resolvidos facilmente no caso dos pneus e dos diffs, e não tão facilmente no caso do motor. Até mesmo, ele diz que se você usar o modelo como ele deve ser usado, o motor vai sim aguentar um bom tempo. Mas o ideal seria substituir o motor por um brushless com sensor, o que permitiria, inclusive, algumas voltas de crawling leve, apesar da suspensão. Mas isso nos leva a outro ponto, a questão do valor. Na época do vídeo, o modelo custava US$ 300,00 sem os descontos característicos das lojas online dos EUA. É o modelo mais em conta da Traxxas, até pela simplicidade. E isto o torna um modelo excelente em um quesito muito específico, que explicarei abaixo.

O Jang diz no vídeo que ele é, por dentro, um crianção crescido, por ser ainda bem jovem. E ele ainda lembra bem dos sentimentos que ele tinha na infância. E é por isso que ele diz, com toda propriedade, que o Telluride é um excelente modelo de entrada no hobby, tanto para adultos iniciantes quanto para crianças. O valor é competitivo com modelos toy-grade, e oferece muito mais do que um brinquedo.

E assim, ele encerra dizendo que o modelo é sim uma boa escolha nas situações acima, mas não é indicado a modelistas experientes. Uma nota pessoal, o modelo é muito agradável visualmente, e por ser um Traxxas tem várias opções de configuração e peças de reposição, além de contarmos com a qualidade de uma empresa consolidada no mercado mundial de modelismo.

É isso, amigos. Abaixo seguem os vídeos que o Jang fez do Telluride para vocês tirarem as próprias conclusões. Compartilhem o link do post no Facebook, e não deixem de seguir o novíssimo Twitter do blog no @HVRCblog. Até a próxima!

Salve, modelistas!

Depois de algum tempo sem postar nada novo, estou de volta com um review comentado de mais um modelo icônico: o Traxxas Slash 4×4! Uma legião de fãs pode atestar o que vemos nesse vídeo de duas partes do nosso amigo Jang, do UltimateRC. Na verdade, esse vídeo não é exatamente um review, mas as primeiras impressões do Jang sobre o Slash. O review, propriamente dito, aparece em outros dois vídeos, cada um com uma perspectiva diferente. O primeiro considera o ponto de vista dos corredores de competição, e o segundo analisa o ponto de vista dos bashers, e dá as considerações finais sobre o modelo. Mas vamos ao review.

Traxxas Slash 4WD na caixa

Traxxas Slash 4WD na caixa

Nestes vídeos, o nosso anfitrião sai um pouco do padrão, deixando de apresentar cada componente do modelo. Ele simplesmente refere que é mais fácil entrar no site oficial da Traxxas e conferir lá mesmo tudo o que se esconde por baixo desta bolha de Short Course Truck. A partir disso, ele começa a analisar o ponto de vista do usuário, e o que se pode fazer com o modelo.

Por cima, o modelo é bonito. Uma excelente apresentação. E na época em que foi lançado, a Traxxas não estava fazendo muitos modelos 4×4, e este foi muito bem recebido por isso. Os pneus são licenciados pela BF Goodrich, e têm beadlocks… só que não! Os anéis externos que seriam os beadlocks são apenas para efeito visual, os pneus são, de fato, colados.

Um belo exemplar de Short Course Truck

Um belo exemplar de Short Course Truck

Como já foi dito, a avaliação inicial do nosso anfitrião se baseia em 5 outros vídeos, 3 de bashing e 2 em pista, mostrando o potencial do modelo em cada ambiente. Mas de cara ele já diz que o Slash não foi tão bem. Principalmente por causa das molas progressivas da suspensão, que são usadas mais pelo visual do que por outra coisa. O próprio Jang já mencionou em outros vídeos que ele não gosta dessas molas progressivas, particularmente não posso dar a minha opinião, pois não tenho uma: nunca usei molas progressivas. Mas pelo que ele descreve nos vídeos, eu também não vou gostar. No caso do Slash, essas molas fazem com que o modelo incline para trás nas arrancadas e para frente nas frenagens. E isso ocorre porque as partes mais soltas das molas são muito macias. Entretanto, quando as voltas mais firmes da mola entram em ação, o carro fica firme demais, e acaba pulando muito. Ou seja, visualmente até fica bonito ver o carro “sentando a traseira”, mas quando aparece um obstáculo, mesmo pequeno, ele quica e perde contato com o chão. Claro, as molas podem ser trocadas (e de fato, DEVEM ser trocadas) para uma melhor performance. Mas os testes feitos até o momento da gravação do vídeo foram feitos na forma stock do modelo.

Sobre a tração integral, para o Jang ela funciona muito bem, e o chassi é bem balanceado. E isso ajuda no quesito aderência, pois os pneus, apesar de serem muito bonitos e realistas, têm um composto muito duro e não dá tanta aderência quanto parece. Na pista, ele se saiu bem melhor, mesmo com os pneus sendo ruins. A tração 4WD ajuda muito, e mesmo que você não entre muito bem nas curvas, a tração integral ajuda você a corrigir facilmente qualquer saída de traseira.

O chassi e o layout dos componentes

O chassi e o layout dos componentes

Na opinião do Jang, o carro não fez jus, na época, a todo o estardalhaço em torno dele. Custar quase o dobro da versão 2WD realmente não ajuda nisso. Entretanto, para a época, vir com um sistema de rádio de 2.4GHz foi um dos motivos que fez com que as pessoas pensassem em comprar o modelo 4×4. Além disso, a parte elétrica é toda à prova d’agua, e o motor brushless não requer qualquer manutenção. Na época em que foi lançado, todos esses quesitos eram uma grande vantagem e justificava o valor muito elevado.

Uma das maiores vantagens do Slash: tudo à prova d'água

Uma das maiores vantagens do Slash: tudo à prova d’água

Na verdade não há mais muito o que se falar do modelo. Ele é bem conhecido dos modelistas em geral, e com os tune ups certos, é um excelente veículo. E com isso, finalizamos este review comentado, trazido até vocês pelo UltimateRCnetwork e pelo High Voltage RC Blog. Até o próximo post!

Salve, amigos modelistas!

Hoje continuamos a série que fala sobre os componentes do seu RC elétrico (nesse caso, não necessariamente elétrico mas também nitro), trazendo informações sobre servos.

Um servo-motor, ou apenas servo

Um servo-motor, ou apenas servo

O servo nada mais é do que um motor e um conjunto de engrenagens, cuja finalidade é mover alguma coisa. Ok, não é a definição mais técnica de todas, mas é basicamente isso mesmo. mas então, porquê temos que tomar cuidado? Se é só isso, qualquer um serve para mim, certo? ERRADO! hehehe

Assim como temos diferentes tipos de motores e ESC’s, temos sim diferentes tipos de servos. As variações são no tamanho, torque e velocidade. Basicamente, o servo é composto de três partes principais: o motor, ou sistema atuador, formado por um motor elétrico e um conjunto de engrenagens, um sensor, que detecta em que posição está o atuador e para onde ele deve se mover, e um circuito de controle, que interpreta os dados enviados pelo receptor, que por sua vez interpreta os dados enviados pelo transmissor, ou controle. Então a coisa toda funciona assim: o transmissor fala com o receptor, que fala com o circuito do servo, que usa as informações do sensor para mover o sistema atuador. Para o perfeito funcionamento do servo, cada uma dessas partes precisa estar se comunicando bem com a outra, e funcionando perfeitamente.

Componentes de um servo

Componentes de um servo

Bom, como já falei ali em cima, temos servos de diferentes velocidades, com mais ou menos torque, maiores ou menores. O tamanho não é fator determinante no que diz respeito ao torque, mas normalmente servos maiores têm mais torque ou mais velocidade. E normalmente, um servo de alta velocidade tem torque baixo (menos força), e um servo de alto torque (muito forte) é mais lento. Você vai sentir diferença dependendo do tipo de pilotagem: Servos ultra-rápidos são mais usados em corridas, como as de Buggy escala 1/8, enquanto servos mais fortes são usados para Rock Crawling.

Mas nem sempre a melhor opção é a mais óbvia. Temos que pensar objetivamente e analisar o seguinte: um servo muito rápido em um veículo muito pesado tende a não virar tão bem, pois é necessário alguma força para virar as rodas, por conta do atrito, da resistência do solo. Um exemplo é o Traxxas Summit, com suas rodas e pneus stock enormes,, de um composto macio e padrão agressivo. Apesar de ser um veículo voltado ao bashing, um servo mais forte é recomendado para mover os pneus grotescamente enormes. Ou corremos o risco de o servo não vencer, e o veículo não virar em terrenos muito acidentados, sobre pedras ou em areia, por exemplo.

Velocidade x torque, eterna dúvida na hora da escolha

Velocidade x torque, eterna dúvida na hora da escolha

Um servo com maior velocidade pode ser destinado, por exemplo, para modelos on-road de drift: o baixo atrito dos pneus de drift, algumas vezes feitos com eletrodutos de PVC, um material muito liso, faz com que a velocidade seja sempre a máxima, independente do torque. Portanto, um servo relativamente fraco, mas rápido, é a melhor escolha.

Outro fator importante na escolha do servo é a escala do veículo. Escalas menores pedem servos menores, pois o espaço físico nos chassis menores é um fator que limita as opções. O Himoto Mastadon, por exemplo, em sua versão brushless RTR vem com um micro-servo, pois não é necessário um servo muito grande, nem muito forte. E mais, na versão brushed (a que tenho), é um micro-servo integrado ao ESC e ao receptor, em um espaço relativamente pequeno do chassi. Relativamente, pois não é qualquer coisa que cabe num chassi 1/18… hehehe

Micro-servo do Himoto Mastadon 1/18

Micro-servo do Himoto Mastadon 1/18

Além do servo, temos que observar um componente do chassi ligado diretamente a ele: o “salva-servo”. Este componente nada mais é do que uma alavanca que transmite a força do servo aos links de direção. Um salva-servo em plástico tende a ser flexível, o que protege as engrenagens do servo, mas limitando o ângulo de esterço das rodas. Já a mesma peça em alumínio permite um esterço total, mas pode danificar tanto as rodas quanto o próprio servo, sem mencionar os links de direção, e a suspensão como um todo. Lembre-se disso ao escolher um ou outro tipo de salva-servo.

Salva-servo simples

Salva-servo simples

Outro salva-servo, mais complexo

Outro salva-servo, mais complexo

E é isso sobre servos. Como qualquer outro componente, analise com calma o seu estilo de pilotagem, e faça a melhor escolha, com base na avaliação de cada modelo. Pesquise a marca, as especificações (velocidade e torque) e pronto, não tem erro.

Servo Traxxas

Servo Traxxas

Servo Hitec

Servo Hitec

Servo Futaba

Servo Futaba

Até o próximo post, aqui no High Voltage RC!

Salve, amigos modelistas! Trazendo agora mais um review comentado, dessa vez de um ícone do mundo do automodelismo R/C: o Traxxas Summit 4WD MT, um Monster Truck na escala 1/8. Para alguns, ele seria escala 1/10, mas para um modelo com 55 centímetros de comprimento, quase 30 centímetros de altura e mais ou menos 45 centímetros de largura, chamar de 1/10 chega a ser covardia com os modelos conhecidos nessa escala.

Traxxas Summit 4WD MT

Traxxas Summit 4WD MT

Esteticamente, o Summit chama a atenção pela gaiola envolvendo a bolha, além dos pára-lamas em nylon, tudo isso contribuindo também para a rigidez estrutural. Outro detalhe que impressiona muito visualmente é a altura do chassi em relação ao solo. Apesar de ser um veículo com suspensão independente, ele tem tanta articulação quando alguns modelos de eixo rígido.

Articulação máxima da suspensão

Articulação máxima da suspensão

Com a bolha removida, o que se vê é uma plataforma familiar aos donos do E-REVO. A começar pelos amortecedores, posicionados no conhecido “sistema REVO”, horizontalmente. Igualmente, o Summit usa, para articular a suspensão, os rockers, ou cantiléveres, só que com um curso maior, devido à altura muito mais elevada do conjunto. Para ajustar a cambagem, pillow balls (alguém me ajude, não pude encontrar a tradução do nome da peça… hehehe), no lugar de links de cambagem. Os pneus, com aprox. 15 centímetros de diâmetro, são de uma borracha muito fina e macia, como é macia também a espuma de preenchimento. Os anéis entre os pneus e as rodas não são beadlocks de verdade, são apenas estéticos.

Beadlocks estéticos e padrão dos pneus

Beadlocks estéticos e padrão dos pneus

Na parte de eletrônicos, vemos o chamativo e gigantesco motor Traxxas Titan 775 brushed, que vem com uma ventoinha integrada. O ESC também é da própria Traxxas, o EVX-2 à prova d’água. A versão testada pelo Jang não tinha cutoff, mas as novas versões têm. Voltando ao quesito “à prova d’água”, temos essa característica na caixa do receptor e nos 5 servos. Não, eu não errei no digitar, são mesmo CINCO servos. São dois maiores, conectados mecanicamente, para esterço, um pequeno para a transmissão de duas velocidades e um pequeno para blocar cada diferencial.

Layout do chassi, muito semelhante ao E-REVO

Layout do chassi, muito semelhante ao E-REVO

Como no E-REVO, são duas baías laterais ventiladas para as baterias, com espaço para modelos mais longos. Essa versão RTR vem com duas baterias NiMH, de 3000 mAh. Mas uma coisa que o Summit tem e o E-REVO não tem é um conjunto luminoso. São 4 LEDs brancos no pára-choques dianteiro e 6 LED’s vermelhos no traseiro. O vídeo não mostra, mas é possível desconectar esses LEDs para economizar bateria, entretanto o consumo dos LED’s é tão baixo que não altera significativamente a duração da carga das baterias.

No que diz respeito ao rádio, o Summit testado no vídeo veio com o modelo TQ, mas o próprio Jang avisa que os modelos já estão vindo agora com o TQi. É o mesmo sistema tradicional do TQi, mas com dois canais a mais, um para a transmissão e um para selecionar o bloqueio dos diferenciais (desblocados, frente blocada e todo blocado).

Traxxas TQi, 4 canais (no detalhe, o receptor)

Traxxas TQi, 4 canais (no detalhe, o receptor)

A marcha lenta dá uma redução de 70 para 1, e o radar do Jang nem conseguiu registrar a velocidade máxima. Na segunda marcha, a razão é de 25 para 1, fazendo o Summit alcançar aproximadamente 21 milhas/hora (aprox. 33 Km/h). Para um off-road com essas dimensões, não é uma velocidade impressionante, mas é suficiente. As medidas foram feitas com a bateria original NiMH, mas a velocidade final é a mesma com a LiPo 2S. A única diferença é a melhor aceleração e o maior tempo de carga da bateria. E se comparado com modelos Crawler com eixos rígidos, a velocidade é 2 a 3x maior. E de acordo com o nosso anfitrião, o Summit não parece lento, especialmente pelo tipo de terreno ao qual ele se destina.

A suspensão, por conta da velocidade, do peso e do terreno, é um pouco macia demais, especialmente a traseira. Mesmo com os ajustes disponíveis “direto da caixa”, como preload clips e diferentes pontos de ajuste, não foi o bastante para evitar que a traseira raspasse o chão em várias oportunidades. E sempre que isso acontece, a traseira salta para cima, por conta das molas dos amortecedores, desparelhas com a suavidade do amortecimento (culpa do óleo muito fino nos amortecedores).

Já na marcha lenta, com os diferenciais travados e passando por terrenos bastante acidentados, o Summit mostra exatamente em que tipo de terreno ele deve ser conduzido. O próprio Jang afirma que você pode ver o seu Summit tentando transpor um obstáculo com os diferenciais atuando livres, travá-los, e conseguir passar sem precisar buscar o modelo, e sem precisar dar ré vergonhosamente, “com o rabo entre as pernas”, como ele mesmo diz no vídeo.

E ainda tem mais: pedras! No terreno dos Crawlers, o Summit prova que não é apenas mais um Monster Truck. Apesar da suspensão independente (esta frase está se tornando a frase do post, não?) o modelo não deixa a desejar sobre pedras. Claro, um circuito de campeonato seria uma covardia, mas em pedras apenas empilhadas, sem pretensão de criar um trajeto de campeonato, o “monstrengo” não se acovarda. Passa por muitas coisas que outros Monster Trucks não se atreveriam. Tudo isso graças à grande articulação dos braços da suspensão e ao espaço enorme entre o plano horizontal dos pneus e o chassi.

Não tem medo de encarar pedras

O Summit definitivamente não tem medo de encarar pedras

Já em uma pista off-road, o modelo não foi assim tããão bem. Na verdade, ele foi muito ruim. e exatamente por conta do que faz dele tão bom em terreno acidentado e nas pedras. Centro de gravidade elevadíssimo, suspensão muito mole, baixa velocidade final, o peso… Mas mesmo assim, é possível dirigi-lo e se divertir bastante. Depois que você se acostuma com o comportamento dele, você consegue mantê-lo nas quatro rodas quase o tempo todo.

O Summit em seu habitat natural

O Summit em seu habitat natural

Na opinião do Jang, o que temos não é um modelo que é mais ou menos em tudo. Temos um modelo que é especializado em ser… um Summit. Este é um modelo incomparável, e fundamentalmente único. Não é à toa que está no mercado por tanto tempo, e é tão cultuado pelos seus donos. E posso falar com tranquilidade quando digo: EU QUERO UM! hehehe

Duas marchas e diferenciais blocáveis remotamente

Duas marchas e diferenciais blocáveis remotamente

E é isso. Por hoje, vamos finalizando mais um post com review comentado. Não esqueça de curtir o vídeo se você gostou, ou “descurtir” se não gostou, e subscreva-se no canal UltimateRC. Até mais!

Salve, amigos modelistas!

Estou começando uma série de posts onde apresento reviews de alguns modelos mais conhecidos dos modelistas.

Não, eu não faço esses reviews. Eu APRESENTO os reviews. Os motivos pelo qual faço isso são:

1º – Eu não sou rico. Não posso comprar modelos apenas para testá-los;
2º – Já existem reviews de ótima qualidade sobre a maioria dos modelos disponíveis no mercado;
3º – Como vou usar principalmente os vídeos do UltimateRCnetwork, que são todos em inglês, achei interessante para os leitores que não sabem inglês, que poderão usufruir tanto quanto eu do trabalho do nosso estimado Jang.

E para começar, vamos ao primeiro. O motivo por ter escolhido esse modelo, o Traxxas E-REVO Brushless Edition foi o fato de eu conhecer algumas pessoas na minha cidade que têm esse modelo, e por ser um dos mais famosos do mundo dos RC’s.

Traxxas E-REVO Brushless Edition RTR

Traxxas E-REVO Brushless Edition RTR

Basicamente, o E-REVO é um Monster Truck com perfil baixo, capaz de altas velocidades. Claro, a definição de “perfil baixo” não se encaixa tão bem no conceito de Monster Truck, mas os pneus enormes e o grande curso da suspensão o qualificam nessa categoria. Trata-se de um modelo 4×4, com motor brless (como o próprio nome já diz), e tem o famoso e amado Castle Creations Mamba Monster combo, com um ESC enorme e um motor de 40 x 74 mm de pura monstruosidade, num sistema próprio para modelos escala 1/8.

Outra coisa interessante em se anotar nesse review é o sistema de suspensão conhecido como “REVO style”, ou estilo REVO, composto por amortecedores horizontais internos, acionados por cantiléveres ligados a hastes conectadas aos braços da suspensão. Os amortecedores são de alumínio, com roscas para aumentar ou diminuir a altura do chassi com relação ao solo.

Apesar de ter servos (sim, DOIS servos para a direção), motor e receptor à prova d’água, o ESC não tem essa proteção. Como disse o próprio Jang, não tem porquê deixar esse componente crítico desprotegido e vedar todo o resto. Mas é algo que se pode fazer com um pouco de gambiarra e paciência.

O chassi é feito em plástico reforçado com fibra, e tem duas bandejas laterais para as baterias. Falando em baterias, no modelo revisado pelo Jang, havia incluído de fábrica 2 packs de baterias NiMH de 8,4V e 3000 mAh de 7 células. Como ele mesmo aponta, especialmente para uso com um sistema brless, elas são insuficientes.

Quando fez o review, Jang recebeu o modelo no final da “Era Traxxas Link”, com um rádio antigo que não é mais incluído nos modelos RTR. Hoje em dia, a Traxxas têm disponível o novo modelo TQi, que pode receber, inclusive, um encaixe para iPhone e iPod Touch, e têm disponível na AppStore um programa para receber a telemetria do modelo em tempo real. Os dois têm em comum um sistema de configuração por botões e um LED, onde se pode programar diferentes funções direto no controle. Possuem trimms e dual rate para os dois canais, usam a frequência padrão mais moderna de 2,4 GHz e são movidos por 4 baterias “AA”.

O Traxxas E-REVO RTR vem com um bônus em relação a outros modelos: várias “coisinhas” sobressalente, como óleo para amortecedores, uma coroa extra, clips para a bolha, além de várias ferramentas. Poucos modelos têm tantos extras assim nas versões RTR. Mas o que mais chama a atenção é o “Long Travel Rocker Set”, basicamente um conjunto de componentes para aumentar a altura da suspensão, com molas, novos cantiléveres, etc.

Agora sobre o desempenho: mesmo com as baterias incluídas no pacote, o E-REVO impressiona. Com duas LiPos 3S, é capaz de, com a aceleração total a partir do zero, dar backflips, dado o ajuste da suspensão e a força do sistema Mamba Monster. O problema principal disso é que essa configuração é conhecida como “Tire Shredder Power”, ou “Poder Retalhador de Pneus”. No vídeo, o carro acelera tão rápido e com tanta força que o pneu estoura, mesmo sem pressão de ar dentro dele, expondo a espuma de preenchimento.

Em terreno plano, o E-REVO com baterias NiMH originais, totalmente carregadas, atingiu a velocidade máxima de 35 Milhas/h (aprox. 56Km/h). O mesmo pode ser esperado com duas LiPo 2S. Com duas 3S, chegou a 50 Milhas/h (aprox. 80Km/h)! Para um modelo Monster Truck, isso é excelente. Mas para um Monster Truck, ele é bem baixo, como já dito, e se comporta como um Stadium Truck meio “desajeitado”.

50 Milhas/h (80 Km/h) de velocidade máxima

50 Milhas/h (80 Km/h) de velocidade máxima

A suspensão, mesmo com os ajustes de fábrica, é bem estável, mas ainda capaz de andar em terrenos bem acidentados. Mas mesmo assim, é bem macia. Não tem muita rolagem lateral, mas baixa bastante a traseira quando acelerado. Isso faz com que a traseira do chassi bata bastante no chão, e o modelo pode ficar instável em terrenos mais ruins.

Na pista off-road, o carro não toma conhecimento dos saltos. A performance é admirável, a suspensão é macia o suficiente para absorver as aterrissagens, mas nem tanto para deixar a dirigibilidade comprometida.

A suspensão absorve bem as aterrissagens

A suspensão absorve bem as aterrissagens

Agora, como em todos os seus vídeos, Jang não poupa o modelo. Há um teste de durabilidade, onde ele edita as piores quedas, batidas, pancadas e piruetas, intencionais ou não, para mostrar o quanto o modelo pode aguentar. E o resultado para o E-REVO foi, apesar de tudo, positivo. Um acidente totalmente aleatório quebrou a balança inferior da suspensão traseira, do lado direito, mas o uso normal (ou quase) do modelo rachou a outra balança, e ainda temos o incidente com os pneus originais, usando 6S. Fora isso, o modelo mostrou-se bastante durável, mesmo com todo o abuso do avaliador.

No geral, para o Jang, o E-REVO é um ótimo modelo. Durável, poa dirigibilidade, estável e rápido. Além de, na minha modesta opinião, um dos modelos mais lindos à venda atualmente.

Durável, poa dirigibilidade, estável e rápido

Durável, poa dirigibilidade, estável e rápido

E é isso, pessoal. Em nome do nosso anfitrião do vídeo, pelo que vocês se inscrevam no canal UltimateRCnetwork, e dêem “joinha” pro vídeo, cujo link segue abaixo.

Um grande abraço, e até o próximo review comentado!