Posts com Tag ‘tunning’

Salve, amigos modelistas!

Já que falamos de todos os componentes básicos do RC, que tal falarmos um pouco sobre as ferramentas básicas para a manutenção do seu modelo?

O bom modelista sempre tem ferramentas à mão para manutenção ou emergências

O bom modelista sempre tem ferramentas à mão para manutenção ou emergências

Como um carro em escala real, um automodelo precisa de um certo cuidado no que diz respeito à manutenção. E como em uma oficina, um “mecânico em escala” precisa estar bem equipado. Chaves de todos os tipos, alicates, ferros de solda, tudo isso faz parte do arsenal necessário ao cuidado do seu modelo. Mas vamos aos itens básicos:

Chaves diversas:

Alguns padrões de chaves

Alguns padrões de chaves

As chaves são itens primários em uma boa caixa de ferramentas. Chaves de boca, chaves de fenda, chave Phillips, chave Allen, são as nomenclaturas mais vistas, e as mais usadas. Abaixo, vamos ver as mais utilizadas no modelismo.

Chave de rodas:

Chave de rodas do tipo "canhão"

Chave de rodas do tipo “canhão”

A chave de rodas é o primeiro item para um modelista que usa seu modelo off-road no asfalto, ou que tem um modelo on-road para grip e para drift. A troca de pneus é feita como vemos na Fórmula 1: uma porca no centro da roda. Alguns modelos fogem ao padrão, mas a maioria usa porcas de 7 mm. Pode ser uma chave cruz, que tem também outras medidas para outras aplicações, ou a chave-canhão, mas cuidado com essa última, a parte externa pode ser muito grande para encaixar na roda.

Chaves Allen / Torx:

Padrão da chave Allen

Padrão da chave Allen

Exemplo de chave Allen, ou "L"

Exemplo de chave Allen, ou “L”

Padrão da chave Torx

Padrão da chave Torx

Exemplo de chave Torx

Exemplo de chave Torx

As chaves Allen e Torx são amplamente usadas em parafusos e muitos modelos diferentes. A chave Allen é mais fácil de ser encontrada em lojas de ferragens. Trata-se de uma chave de cabeça sextavada, de tamanho variável. Também é conhecida por chave L (Éle), pelo formato mais comum, igual à letra. Já a chave Torx é semelhante à Allen, mas não é um hexágono como a primeira, e sim uma estrela de 6 pontas arredondadas.

Chaves de fenda e Phillips:

Padrão da chave de fenda

Padrão da chave de fenda

Exemplo de chave de fenda

Exemplo de chave de fenda

Padrão da chave Phillips

Padrão da chave Phillips

Exemplo da chave Phillips

Exemplo da chave Phillips

Bastante comuns no Brasil, parafusos fenda e Phillips não são tão comuns na maioria dos modelos. Alguns, como os genéricos HSP/Exceed/Himoto/Redcat e companhia ainda usam (alguns), portanto é importante ter pelo menos dois tamanhos de cada.

Alicate de bico:

Exemplo de alicate de bico

Exemplo de alicate de bico

Um alicate de bico pode ser extremamente útil para pegar pequenas peças em espaços reduzidos. remover um grampo “E”, tirar pedras presas próximo à diferenciais, dentro de rodas, ou próximas de engrenagens… além de várias outras utilidades.

Alicate de corte:

Exemplo de alicate de corte

Exemplo de alicate de corte

O alicate de corte é útil não só para cortar fios elétricos, mas também em outras aplicações, como retirar pinos de suspensão (eles possuem fendas onde se encaixam os grampos “E”), ou mesmo cortar peças plásticas pequenas, como as que vêm em “cartelas”, como os kits de plastimodelismo.

Ferro de solda e estanho:

Ferro de solda

Ferro de solda

Uma das várias apresentações do estanho para solda

Uma das várias apresentações do estanho para solda

Obviamente, por se tratar de modelos elétricos, é necessário ter sempre à mão um bom ferro de solda, e estanho para reparar quebras nos contatos, fios quebrados, alongar cabos, etc. A potência em Watts varia, e o cuidado no manuseio é essencial. O estanho deve ser de qualidade, e é bom ter uma esponja molhada para limpar o ferro entre uma solda e outra.

Pincel:

O bom e velho pincel

O bom e velho pincel

Isso mesmo que você leu: pincéis são ferramentas muito necessárias para qualquer automodelista, mas mais ainda para quem tem modelos off-road. A poeira é um dos maiores fatores de desgaste das peças móveis, e dois pincéis ao menos, um pequeno e um grande, podem tirar o excesso de poeira, especialmente em veículos sem tratamento à prova d’água. Umas boas pinceladas e uma lubrificação bem feita podem prevenir folgas e até mesmo quebras.

Ainda, pode-se ter sempre à mão fita isolante, silver tape, pequenos pedaços de PET para reparos em bolhas, cola instantânea, além de pequenas peças extras, como jogos de grampos para bolhas, atilhos, um pano ou flanela (para colocar no colo quando se pega o modelo e não sujar as calças), e tudo o que você achar necessário. E essas ferramentas podem compor a sua mochila ou caixa de campo, pois é na pista / trilha que você vai precisar fazer pequenos reparos de emergência.

Atilhos, ou simplesmente "borrachinhas de dinheiro"

Atilhos, ou simplesmente “borrachinhas de dinheiro”

Flanela, pois a organização começa na limpeza

Flanela, pois a organização começa na limpeza

E é isso. Agora você está pronto para qualquer emergência ou manutenção rotineira no seu RC. Até o próximo post, aqui no HVRC!

Salve, amigos modelistas! Hoje vamos dar uma olhada em mais um componente crítico do RC elétrico, a força motriz do modelo: o motor!

O motor elétrico básico

O motor elétrico básico

Muito já se falou em outros posts a respeito de motores, ESC para cada tipo de motor, motores indicados para isso e aquilo… mas não se falou especificamente deste componente crucial ao funcionamento do modelo. E é isso que pretendo corrigir agora.

O motor elétrico é uma invenção antiga. O primeiro foi criado pelo húngaro Ányos Jedlik, em 1.828 (pelo menos ele é um dos que leva crédito pela criação). As aplicações vão desde o hobby que amamos até o nosso dia a dia. Liquidificadores, processadores, máquinas de lavar, secadores de cabelo, ventiladores, furadeiras… todos funcionam com o mesmo princípio.

Eletrodomésticos e ferramentas que usam motores elétricos

Eletrodomésticos e ferramentas que usam motores elétricos

Para entender a fundo o funcionamento do motor elétrico, temos que voltar às aulas de física do colégio. O motor elétrico nada mais é do que uma espiral formada por um fio condutor elétrico (bobina), com um eixo central ligado a ímãs. Quando uma corrente circula pela espiral, um campo magnético é formado, atraindo ou repelindo os pólos dos ímãs, girando assim o eixo central. A intensidade da corrente determina a velocidade, medida em revoluções por minuto (RPM), e o sentido da corrente determina o sentido dessas revoluções. Esta é a definição mais detalhada de um motor elétrico. A mais curta e sucinta é a seguinte: um motor elétrico é o aparelho que transforma energia elétrica em mecânica. Fácil, não?

Ainda, outra aplicação do motor elétrico é a própria produção de energia. Em uma usina hidrelétrica, um motor elétrico é posicionado de forma que a força das águas impulsionem o eixo com os ímãs, fazendo com que uma corrente elétrica seja formada pela atração/repulsão dos ímãs e transite pelos fios condutores que formam a bobina. Essa corrente é canalizada, e armazenada em “baterias”, para depois ser distribuída.

Um "pequeno" gerador, mesmo princípio do motor elétrico

Um “pequeno” gerador, mesmo princípio do motor elétrico

Mas chega de teoria. Vamos ao que interessa. No seu automodelo, você vai usar um motor escovado (brushed) ou um não-escovado (brushless). A diferença, na parte estrutural, é que o motor brushed existente há mais tempo no mundo do modelismo, têm escovas, ou carvões, que realizam o contato entre o rotor propriamente dito, e os ímãs. O atrito provoca desgastes e diminui a vida útil do motor, mas também tem a vantagem de ter um torque maior do que um motor sem escova. Falando nele, o motor brushless usa apenas a indução eletromagnética criada pela corrente que circula pelo motor, o que faz com que a vida útil aumente consideravelmente. A manutenção também é facilitada, pois não é necessário trocar escovas, nem limpar o motor (pelo menos não tão seguido quanto o motor brushed).

Diferenças entre os motores brushless e brushed

Diferenças entre os motores brushless e brushed

Esquema de cada tipo de motor

Esquema de cada tipo de motor

Ainda, se a sua opção for por um motor brushless, você pode optar por usar um motor com sensor ou sem sensor. O sensor faz o papel de “suavizador” se é que existe essa palavra. Para usar um motor com o sensor ativo, você deve procurar um ESC que tenha essa opção. Voltando ao motor, a suavização mencionada anteriormente é a quantidade de “cog”. Cog, no inglês britânico, é o dente de uma engrenagem, e o efeito “cogging” no motor sem sensor assemelha-se à falta de um dente em uma engrenagem. Ocorre quando o ímã do rotor passa exatamente no ponto de maior atração, ou de equilíbrio, entre os pólos do campo eletromagnético gerado pela passagem da corrente. Um motor brushless sem sensor vai ter um cog grande (vai “tremer” bastante) quando estiver em baixa rotação, pois o ESC não sabe quando o ímã está passando pelo ponto de equilíbrio do campo eletromagnético. O sensor avisa ao ESC quando isso vai acontecer, e faz com que o mesmo mande a corrente certa para o motor no exato momento em que o ímã passa no ponto de equilíbrio. Isso faz com que o motor, no início da aceleração, não dê essas tremidas, ou gaguejadas, como alguns dizem. Ele vai ter uma aceleração suave e constante desde o início da aceleração.

Motor brushless Speed Passion, com o detalhe do plug do sensor

Motor brushless Speed Passion, com o detalhe do plug do sensor

Nos motores brushed, não ocorre o cog, a não ser que haja algum problema com os componentes internos. Por isso, no caso dos Rock Crawlers, o motor brushed é o preferido, pois normalmente o modelo vai rodar bem devagar para vencer as pedras no percurso. Já quem vai levar o modelo ao limite do desempenho, desenvolvendo altas velocidades, vai optar pelo brushless, tanto por exigir menos manutenção do que o outro, quanto pela velocidade que pode ser atingida.

Traxxas Titan 12T, brushed

Traxxas Titan 12T, brushed

Mais um detalhe que deve ser observado quando se escolhe o motor é o chassi. Cada chassi tem uma limitação de espaço e, normalmente, poucas opções de encaixe e ajuste do motor. Assim, as medidas externas podem ser um fator determinante no momento de escolher o motor. Aliás, um motor enorme não necessariamente quer dizer melhor desempenho, tudo depende do tamanho do modelo (escala) e do que se vai fazer com ele, dentre as várias opções já apresentadas no tópico de estilos de automodelismo.

Traxxas Velineon brushless

Traxxas Velineon brushless

E é isso sobre os motores de automodelos RC elétricos. Este tópico, da mesma forma como os que falam sobre ESC’s, servos e receptores, é um complemento do tópico específico de como montar o seu RC elétrico peça por peça. Como eu disse naquele tópico, o ideal para iniciantes é comprar um modelo RTR, mas se você já tem um modelo e quer dar o próximo passo, você definitivamente precisa dessas informações e de outras mais para não dar um pulo errado. O ideal é, depois de ler esses tópicos todos, idealizar um projeto, determinar os componentes que você quer e conversar com outros modelistas, perguntando a opinião deles sobre os seus planos. A experiência sempre é a melhor professora, e um modelista experiente raramente vai lhe dar informações imprecisas ou opiniões que não sejam verdadeiras, de acordo com o que ele já viu.

Então, como sempre, até o próximo artigo, e divirtam-se!

Salve, amigos modelistas!

Hoje continuamos a série que fala sobre os componentes do seu RC elétrico (nesse caso, não necessariamente elétrico mas também nitro), trazendo informações sobre servos.

Um servo-motor, ou apenas servo

Um servo-motor, ou apenas servo

O servo nada mais é do que um motor e um conjunto de engrenagens, cuja finalidade é mover alguma coisa. Ok, não é a definição mais técnica de todas, mas é basicamente isso mesmo. mas então, porquê temos que tomar cuidado? Se é só isso, qualquer um serve para mim, certo? ERRADO! hehehe

Assim como temos diferentes tipos de motores e ESC’s, temos sim diferentes tipos de servos. As variações são no tamanho, torque e velocidade. Basicamente, o servo é composto de três partes principais: o motor, ou sistema atuador, formado por um motor elétrico e um conjunto de engrenagens, um sensor, que detecta em que posição está o atuador e para onde ele deve se mover, e um circuito de controle, que interpreta os dados enviados pelo receptor, que por sua vez interpreta os dados enviados pelo transmissor, ou controle. Então a coisa toda funciona assim: o transmissor fala com o receptor, que fala com o circuito do servo, que usa as informações do sensor para mover o sistema atuador. Para o perfeito funcionamento do servo, cada uma dessas partes precisa estar se comunicando bem com a outra, e funcionando perfeitamente.

Componentes de um servo

Componentes de um servo

Bom, como já falei ali em cima, temos servos de diferentes velocidades, com mais ou menos torque, maiores ou menores. O tamanho não é fator determinante no que diz respeito ao torque, mas normalmente servos maiores têm mais torque ou mais velocidade. E normalmente, um servo de alta velocidade tem torque baixo (menos força), e um servo de alto torque (muito forte) é mais lento. Você vai sentir diferença dependendo do tipo de pilotagem: Servos ultra-rápidos são mais usados em corridas, como as de Buggy escala 1/8, enquanto servos mais fortes são usados para Rock Crawling.

Mas nem sempre a melhor opção é a mais óbvia. Temos que pensar objetivamente e analisar o seguinte: um servo muito rápido em um veículo muito pesado tende a não virar tão bem, pois é necessário alguma força para virar as rodas, por conta do atrito, da resistência do solo. Um exemplo é o Traxxas Summit, com suas rodas e pneus stock enormes,, de um composto macio e padrão agressivo. Apesar de ser um veículo voltado ao bashing, um servo mais forte é recomendado para mover os pneus grotescamente enormes. Ou corremos o risco de o servo não vencer, e o veículo não virar em terrenos muito acidentados, sobre pedras ou em areia, por exemplo.

Velocidade x torque, eterna dúvida na hora da escolha

Velocidade x torque, eterna dúvida na hora da escolha

Um servo com maior velocidade pode ser destinado, por exemplo, para modelos on-road de drift: o baixo atrito dos pneus de drift, algumas vezes feitos com eletrodutos de PVC, um material muito liso, faz com que a velocidade seja sempre a máxima, independente do torque. Portanto, um servo relativamente fraco, mas rápido, é a melhor escolha.

Outro fator importante na escolha do servo é a escala do veículo. Escalas menores pedem servos menores, pois o espaço físico nos chassis menores é um fator que limita as opções. O Himoto Mastadon, por exemplo, em sua versão brushless RTR vem com um micro-servo, pois não é necessário um servo muito grande, nem muito forte. E mais, na versão brushed (a que tenho), é um micro-servo integrado ao ESC e ao receptor, em um espaço relativamente pequeno do chassi. Relativamente, pois não é qualquer coisa que cabe num chassi 1/18… hehehe

Micro-servo do Himoto Mastadon 1/18

Micro-servo do Himoto Mastadon 1/18

Além do servo, temos que observar um componente do chassi ligado diretamente a ele: o “salva-servo”. Este componente nada mais é do que uma alavanca que transmite a força do servo aos links de direção. Um salva-servo em plástico tende a ser flexível, o que protege as engrenagens do servo, mas limitando o ângulo de esterço das rodas. Já a mesma peça em alumínio permite um esterço total, mas pode danificar tanto as rodas quanto o próprio servo, sem mencionar os links de direção, e a suspensão como um todo. Lembre-se disso ao escolher um ou outro tipo de salva-servo.

Salva-servo simples

Salva-servo simples

Outro salva-servo, mais complexo

Outro salva-servo, mais complexo

E é isso sobre servos. Como qualquer outro componente, analise com calma o seu estilo de pilotagem, e faça a melhor escolha, com base na avaliação de cada modelo. Pesquise a marca, as especificações (velocidade e torque) e pronto, não tem erro.

Servo Traxxas

Servo Traxxas

Servo Hitec

Servo Hitec

Servo Futaba

Servo Futaba

Até o próximo post, aqui no High Voltage RC!

Salve, amigos modelistas!

Conforme prometido em outro post, começo agora a falar especificamente de cada componente de um RC elétrico. E para começar, vamos analisar o cérebro do modelo: o ESC.

Electronic Speed Control, ou simplesmente ESC

Electronic Speed Control, ou simplesmente ESC

ESC, como o título do post diz, significa Electronic Speed Control, ou Controle Eletrônico de Velocidade. O papel do ESC é regular a voltagem que vem da bateria para os outros componentes (motor, servo, sistema de luzes, etc). Existem vários tipos diferentes de ESC, dependendo da aplicação desejada. Por exemplo, temos ESC’s específicos para motores escovados (brushed, ou bred), para motores não-escovados (brushless, ou brless), para motores brless com ou sem sensor, com ou sem reverso, com ou sem BEC (falarei mais sobre o BEC adiante), com freio dinâmico ou regenerativo, etc.

Traxxas Velineon VXL-3S, à prova d'água

Traxxas Velineon VXL-3S, com tratamento à prova d’água já de fábrica

Os ESC’s são classificados conforme a corrente máxima de descarga. A corrente mais comum nos ESC’s de automodelos elétricos é a de 60 Ampères, ou 60A. Um ESC com essa corrente máxima pode operar sem problemas um motor brless de 8.5T, alimentado por uma bateria LiPo 2S. Normalmente, quanto maior a corrente máxima, maior o ESC, então cuidado ao escolher um ESC super-ultra-ridiculamente-pica-das-galáxias forte: ele vai desbalancear o seu modelo, e trazer mais prejuízo do que benefícios.

ESC simples da Turnigy, de 10A

ESC simples da Turnigy, de 10A

Com relação aos ESC’s para motores com ou sem escova, você deve prestar bastante atenção. Um ESC para motor brless não funciona corretamente com um motor bred, e vice-versa. Além da diferença óbvia entre os motores, há também o fato de eles operarem cada um com uma corrente específica, então ligar um ESC em um motor diferente do específico para ele pode danificar um ou os dois componentes.

Agora sobre o tipo de bateria utilizado. As baterias NiMH (Hidreto Metálico de Níquel) podem ser descarregadas totalmente, e recarregadas novamente. Já as baterias LiPo (Polímero de Lítio) devem obedecer uma regra: NUNCA descarregar abaixo da voltagem mínima recomendada. Os ESC’s não fazem distinção quanto ao tipo de bateria para operar, mas você pode prevenir problemas, se usar baterias LiPo, usando um ESC com o sistema BEC, ou ao menos um BuzzerO BEC (Battery Eliminator Circuit, ou Circuito Eliminador de Bateria) corta a alimentação do motor quando a sua bateria atingir a voltagem mínima especificada. O Buzzer atua de forma semelhante, mas ao invés de cortar a alimentação, ele emite um sinal sonoro que avisa quando a bateria chegou à voltagem mínima. O BEC e o Buzzer podem vir integrados no ESC, ou podem ser instalados externamente. Os ESC’s mais avançados possuem o sistema BEC integrado, e este é programável através de um cartão de programação especial, normalmente incluído no kit do modelo ou com o próprio ESC.

BEC em um ESC

BEC em um ESC

Cartão de programação

Cartão de programação

Sobre ter ou não reverso, isso já é uma questão de objetivos. Se o seu objetivo é correr em circuitos profissionalmente, existem ESC’s com a função reverso desativada. Isso pode diminuir o peso do componente, gerar mais corrente para o motor, entre outras vantagens. Para modelistas que querem apenas se divertir nas horas vagas, a função reverso pode prevenir que você tenha que correr para resgatar o seu modelo que parou de frente para um buraco muito profundo, ou de frente para uma parede… hehehe

Castle Creations Mamba MAX

Castle Creations Mamba MAX

Agora falando de freios. Os ESC’s possuem um sistema de freio, acionado juntamente com o reverso. O freio do ESC funciona transformando o motor em uma espécie de “gerador”, carregando eletricamente a parte externa do motor, e fazendo com que fique cada vez mais difícil cada revolução. Este é o chamado freio dinâmico. Por uma questão de espaço físico e peso, não há freios mecânicos nos modelos, tornando o ESC e o próprio atrito as únicas formas de parar o seu modelo. O freio pode ser regulado da mesma forma que o BEC, usando o cartão de programação.

Castle Creations Mamba Monster, um dos ESC mais famosos do mercado

Castle Creations Mamba Monster, um dos ESC mais famosos do mercado

O ESC vai influenciar diretamente o comportamento do seu modelo, portanto é importante escolher o componente certo para o seu estilo de pilotagem. Por exemplo, um Rock Crawler não tem necessidade de um ESC para motor brless, pois a preferência dos pilotos crawlers é pelo motor bred. Um piloto de competição com um buggy racer vai buscar um combo de ESC + motor brless, para atingir as maiores velocidades possíveis.

Diagrama de um ESC

Diagrama de um ESC

E é isso por hoje. Peço desculpas pela falta de informações mais precisas e específicas, mas como sempre digo, estou aprendendo sobre o mundo RC. E esse post é direcionado a pessoas que, como eu, sentiram dificuldades em encontrar um só lugar com todas as informações disponíveis para começar no hobby.

Até o próximo post!