RCR – Fly-Sky FS-GT2

Publicado: 18/05/2013 em Automodelismo, Combustão, Elétrico, Review, Todo o blog
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Salve, amigos modelistas! Mais um review comentado. E hoje vamos levar o assunto na ponta dos dedos. Literalmente.

Quando pensamos em modelos rádio-controlados, logo nos vêm à mente os modelos de rádios com dois manches, alguns botões, uma antena telescópica gigantesca… Mas as coisas mudaram de uns tempos para cá.

FlySky FS-GT2, 2,4GHz, 2 canais

FlySky FS-GT2, 2,4GHz, 2 canais

O review comentado de hoje é sobre modelismo. Mas não sobre modelos. Vamos falar um pouco sobre rádios. Mais especificamente um modelo muito popular, especialmente entre iniciantes e praticantes que não gastam fortunas em RC’s: o Fly-Sky FS-GT2, um rádio do tipo pistola, de dois canais e sistema de 2.4GHz, com receptor incluído. Opa, eu mencionei antes que este é um modelo conhecido, popular, até famoso, digamos, mas não conheço essa marca. Pois bem, para os desinformados, a Hobby King vende exatamente o mesmo modelo, mas com o nome de Hobby King HK-GT2. A diferença é que o FS vem com um cabo para ligar o rádio ao PC. Mais sobre isso adiante.

A cópia, o HobbyKing HK-GT2

A cópia, o HobbyKing HK-GT2

O modelo vendido na Hobby King custa a bagatela de US$ 15,99 (hoje, R$ 32,45), mais taxa de envio. Ou seja, você tem um modelo de entrada, que usa o sistema 2.4GHz, com dois canais, por pouco mais de 30 reais. Realmente MUITO barato. E este review vale para os dois modelos, sendo exatamente iguais.

Na época em que Jang fez o vídeo, o FS-GT2 custava cerca de US$35,00 (incluído o frete), e isso foi há quase 3 anos atrás. E muitos modelistas preocupados com valores ficaram desconfiados, sabem como é a história da “esmola demais”…

Falando em ergonomia, Jang gostou bastante do modelo. Boa pegada, espaço o bastante para pessoas com mãos maiores, áreas texturizadas (apesar de ser todo em plástico duro), e o equilíbrio está um pouco deslocado para a frente, mas não é tão ruim.

Os ajustes: trim e reverso para os dois canais, e dual rating para o esterço

Os ajustes: trim e reverso para os dois canais, e dual rating para o esterço

O volante é revestido por borracha sintética, macia e agradável ao toque, e também texturizada, imitando o padrão de um pneu. Uma coisa que o jang desaprova é a vibração do volante quando você esterça ele completamente e solta, e isso faz com que ele vibre indo e voltando, até que a inércia faça com que ele pare. Particularmente, não vejo problemas com o meu FS-GT2 nesse sentido, apesar de ele apresentar o mesmo efeito. Digamos que o problema está lá, mas para mim não interfere na pilotagem.

Sobre os ajustes disponíveis, temos trimm e reversão para os dois canais , e dual rate para o esterço (muito bom se você varia o estilo de pilotagem em um on-road entre drift e grip). Além disso, o rádio apresenta dois LED’s, um vermelho para indicar que está ligado e um verde para indicar quando a(s) bateria(pilhas) está(ão) ficando fraca(s). Coloco as duas opções pois a forma original de alimentação usa 8 pilhas AA, mas muitos modelistas costumam adaptar uma LiPo 3S de baixas descarga e amperagem. Este é o futuro do meu próprio GT2. Ainda, entre os dois LED’s fica o botão de binding, acionado por um pequeno palito incluído no pacote.

Na parte de trás, temos 2 entradas, uma delas para um carregador (no caso de se usar pilhas recarregáveis), e outra que funciona para o DSC (Direct Servo Conector), uma função defasada por conta do sistema 2.4GHz. Entretanto, usando-se um adaptador USB, essa entrada serve para conectar o seu GT2 no computador, para jogar simuladores de carros, ou mesmo de RC.

O receptor é muito pequeno (um dos menores que o Jang já viu em um sistema básico de rádio-controle). No pacote, está incluído o plug ou jumper para bindar o seu transmissor ao receptor. O processo é muito fácil, é só conectar o receptor ao ESC (devidamente alimentado por uma bateria, claro), plugar o jumper no canal 3 (ou canal de bind), ligar o ESC, usar o palito plástico incluído para apertar o botão de bind no controle e ligá-lo. Observe o LED no receptor, quando ele parar de piscar, quer dizer que o bind foi bem sucedido. No manual, o tempo informado para isso é 5 segundos, mas no caso do Jang, foi quase que imediato. O que o manual não diz é que você tem que desligar tudo, receptor e transmissor, e ligá-los novamente para o sistema funcionar.

O receptor, um dos menores do mercado. Modelos controláveis a mais de 400 metros

O receptor, um dos menores do mercado. Modelos controláveis a mais de 400 metros

Ao testar o controle, Jang usou um modelo seu, e relatou não sentir diferença entre o GT2 e o rádio que ele usa normalmente com aquele modelo. Há um pouco de delay nos comandos, mas é imperceptível para modelistas casuais.

Sobre o alcance, muitos perguntam qual a distância máxima de operação dos modelos com sistema 4.2GHz. Jang diz que o único fator de limitação nesse caso é o olho humano. Enquanto você consegue ver o modelo, você o controla. E mais além, pois o alcance chega, dependendo dos obstáculos entre o receptor e o transmissor, a mais de 400 metros. Em um rádio semelhante, num modelo Monster Truck 1/18, após duas quadras (aproximadamente 200 metros) eu ainda controlava o modelo, mas a cada parada, não sabia mais onde era a frente e a traseira, por conta da distância. Mas os comandos respondiam perfeitamente.

E é isso. O nosso anfitrião despede-se dizendo que se você é um modelista casual, ou está preocupado com o custo adicional de um sistema de rádio para substituir o seu modelo de 27MHz, você está com sorte. Este modelo é bom demais pelo seu preço.

Até o próximo artigo, aqui no High Voltage RC!

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